De acordo com jornal, forte crise afeta rede de urgência e emergência de Juazeiro

Juazeiro tem falhado na prestação de saúde. (Foto: Shirley Stolze)

Através do projeto “Olhar Cidadão”, o jornal A Tarde, de Salvador, veio a Juazeiro (BA) para realizar uma matéria sobre a situação dos serviços de saúde prestados no município. Segundo apurado pelo jornalista Roberto Aguiar, a cidade tem sofrido com uma forte crise afeta rede de urgência e emergência com a superlotação da única upa 24 horas, assim como do hospital municipal materno-infantil, referência na região.

Em junho, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio de uma ação civil, solicitou uma liminar que determinasse imediata reforma, adaptação e aquisição de equipamentos à maternidade. Esta situação é também acompanhada por falhas no atendimento das unidades básicas de saúde.

De acordo com o jornal, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) adotou uma política de redimensionamento e qualificação dos serviços de urgência e emergência. A urgência pediátrica do Hospital Materno-Infantil foi deslocada para UPA. Já os serviços de urgência ortopédica básica e de média complexidade, antes realizados na UPA, passaram a ser prestados pelo Instituto Viver Sote, através de serviços contratados pela prefeitura.

A secretária de Saúde, Fabíola Ribeiro, falou com a reportagem e avaliou que as mudanças estavam melhorando os serviços prestados à população. No entanto, não foi o que o jornal presenciou.

Apesar de ser reivindicada por Fabíola Ribeiro como a porta de entrada do sistema público de saúde, a população também reclama do serviço de atenção básica, ofertado em 56 unidades, localizadas nas zonas urbana e rural, executado por 63 equipes de Saúde da Família.

Moradores denunciaram falta de atendimento, de vacinas e de materiais básicos para o trabalho dos profissionais na Unidade Básica de Saúde Residencial Juazeiro I e III. A falta de médico e atendimento regular foi a queixa da população do bairro Alto da Aliança. Carlos Nascimento, morador do bairro Jardim das Acácias, lamentou a demora no agendamento de consultas.

“Procurei o posto no dia 10. Pediram para que eu retornasse no dia 20. Fui, enfrentei uma fila enorme e disseram que seria atendido apenas no dia 2 de outubro. Mas eu já estou sem receita médica. Tive que brigar no posto para adiantarem meu atendimento para o dia 24. Esse sufoco é permanente”, desabafou.

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