Debate sobre obrigatoriedade do voto é realizado em colégio de Petrolina

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Uma vez por mês, o Plenus Colégio e Curso realiza debates sobre temas sociais que podem ser base para o Enem e os vestibulares./ Foto: Ascom

Dois representantes de opiniões diferentes sobre o mesmo tema apresentaram argumentos num debate promovido pelo Plenus Colégio e Curso. Com o objetivo de promover mais reflexões sobre o atual sistema político do Brasil, a escola identificou maior participação dos estudantes que estão a cinco meses do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O debate desta quinta foi a primeira vez em que o escritor e jornalista, Carlos Laerte, e o professor de História, Everaldo Libório, expuseram opiniões sobre a obrigatoriedade do voto. Os alunos que foram participar das discussões não ficaram apenas ouvindo. Os jovens, que são da 3ª série do Ensino Médio, questionaram, apreciaram os argumentos dos debatedores e avaliaram como o que foi debatido se aplicaria na vida real.

Segundo Carlos Laerte, que defendeu a faculdade do voto, mais do que o debate ou a preparação argumentativa para as provas de acesso às faculdades, os alunos demonstram interesse na vida política do país. “Aqui há estudantes que querem voto facultativo e existem jovens que não o querem, mas algo que me chamou muito a atenção é que existe uma vontade deles em ver as coisas mudarem e surgir uma política mais eficiente e limpa”, afirma.

Opinião que, apesar dos lados opostos, é compartilhada pelo professor do Plenus, Everaldo Libório, o qual defende o sufrágio como é feito atualmente. Ele aproveitou o interesse dos estudantes pelo tema para chamar a atenção dos pré-vestibulandos. “Os problemas políticos não se resolvem sem a participação política. Então, vamos participar mais, exigir mais dos políticos e de nós mesmos”, sugeriu.

O aluno Gabriel Nogueira também completou a mesa de debate. Representando as 3ª séries do Ensino Médio, Nogueira levou, para a discussão dados e informações sobre como é o voto pelos países da América Latina e do mundo. O rapaz não se absteve de dar opinião. “Ir às urnas votar somente por votar não é solução para o problema. O eleitor que vota sem vontade cumpre apenas uma obrigação legal sem refletir mais a fundo”, pensa o estudante.

Se Gabriel vê com bons olhos o voto facultativo, a colega de turma, Natália Gonçalves, discorda.  A aluna considera que a não obrigatoriedade afastaria ainda mais os eleitores conscientes das decisões políticas dos municípios, estados e União. “As pessoas têm que ter consciência do que estão fazendo. Refletir sobre as ações que tomam e os efeitos que essa decisão causa na sociedade. O voto discricionário só facilitaria o aprofundamento dessas ações impensadas”, conclui.

Uma vez por mês, o Plenus Colégio e Curso realiza debates sobre temas sociais que podem ser base para o Enem e os vestibulares. A Direção chama um funcionário da escola e uma personalidade de fora para expor argumentos sobre um assunto. A participação dos estudantes é voluntária.

Com informações de Clas

 

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