Delegada afirma não haver indícios de racismo no caso de homem morto em supermercado do RS

Homem foi brutalmente agredido por seguranças

A delegada do 2º Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Porto Alegre (RS), Roberta Bertoldo, responsável pela investigação da morte de João Alberto Silveira, de 40 anos em um supermercado da Rede Carrefour afirmou hoje (20) que o crime não tem conotação de crime racial.

O fato foi registrado na noite de quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra. A vítima era negra e foi agredida por dois seguranças até morrer. Em entrevista à CNN Brasil, Bertoldo explicou que a causa da morte preliminar indica asfixia. “A vítima teria sido asfixiada porque dois seguranças estavam sobre ela e portanto ela não conseguiu respirar”, afirmou.

Homicídio triplamente qualificado

Em outro momento ela comentou que “não há indícios de racismo até o momento”. Os seguranças foram presos e serão indiciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil e por não darem chances de defesa à vítima.

Governador se manifesta

Segundo testemunhas, a esposa de João teria presenciado as agressões e pediu para que a agressões parassem. Mesmo assim os seguranças continuaram e somente pararam quando a vítima já estava desacordada. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) classificou as cenas de violência indignantes e destacou que isso “levou à morte de um cidadão negro em um supermercado aqui na capital gaúcha”.

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