Delegados denunciam falta de materiais para proteção contra coronavírus

Quatro entidades que representam milhares de policiais civis em Pernambuco se reuniram para discutir a proteção da categoria contra o avanço do coronavírus. Segundo as entidades, o governo do Estado estaria sendo omisso para evitar que o grupo seja contaminado pela doença, já que não houve o fornecimento de máscaras, álcool gel, luvas e sabão necessários para atender o público.

Ainda de acordo com as associações, entre os servidores, há um grupo de risco formado por policiais civis maiores de 60 anos de idade, grávidas e portadores de doenças graves. A categoria já cogita acionar a Vigilância Sanitária e a Delegacia do Trabalho para solucionar a insalubridade nas unidades.

Segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), Bruno Bezerra, a negligência do Governo Estadual “põe em risco os policiais e toda a população, uma vez que o vírus é altamente contagioso e muitas Delegacias não oferecem condições mínimas de higiene, sendo comum faltar água por até três dias”.

A Adeppe recomendou que seja solicitado à gestão da Polícia Civil de Pernambuco o “imediato incremento de limpeza em todas as delegacias do Estado”, a “disponibilização de álcool em gel (70%), máscaras, luvas e sabão líquido”, e “a limitação de atendimento nas Delegacias a casos urgentes, a critério do delegado de Polícia”.

De acordo com a Adeppe, todos os dias, as Delegacias de Polícia do Estado atendem milhares de pessoas, além dos milhares de policiais que trabalham em escalas ordinárias e de plantão no Estado. A Associação enfatiza que as medidas anunciadas até o momento pela gestão estadual são insuficientes para a contenção do vírus.

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