Deputado Rodrigo Novaes participou da sessão extraordinária na Câmara de Vereadores de Petrolina nesta sexta

(Foto: Blog Waldiney Passos)

O relator da Frente da Reforma da Previdência, Deputado Rodrigo Novaes (PSD) participou nesta sexta (10), do debate sobre a PEC 287/16 da reforma da Previdência Social. O deputado acredita que a reforma não será aprovada.

Este ano, o Deputado Rodrigo Novaes foi escolhido como relator para a Frente Parlamentar sobre a Reforma da Previdência, durante a instalação do colegiado, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
“Estou em Petrolina, para representar a comissão para discussão da reforma da previdência, criada na assembleia legislativa, onde eu fui escolhido como relator. Na assembleia estamos ouvindo especialistas e as posições divergentes, de quem é a favor e de quem é contra. A partir dos primeiros estudos, já identificamos de maneira muito clara que estão querendo jogar uma conta para o povo brasileiro, que isso é uma grande injustiça. Não há informações de como realmente está a previdência, não se tem certeza sobre a questão do déficit – se é verdadeiro – e as saídas que foram encontradas, pelo o projeto que foi apresentado, são saídas extremamente injustas com o povo trabalhador”, afirma o deputado.

A reforma da previdência propõe a mesma idade de aposentadoria para os trabalhadores rurais e urbano. “Quem fez esta minuta, nunca fez cerca debaixo de um sol quente de meio-dia, nunca carregou um saco de milho para dar a criação e nem nunca foi pegar o gado na caatinga. Isso é uma maluquice, tentar igualar a idade quando as condições de trabalho são tão distintas, não sou eu quem estou inventando, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) tem dados de que a trabalhador rural vive seis anos e meio menos, do que um trabalhador que vive na cidade. Então tratar de forma igual os desiguais, isso é injusto. Se a reforma é realmente necessária é preciso encontrar saídas justas, que não comprometam o nosso povo”, completa Rodrigo Novaes.

Os tucanos defendem a reforma, entretanto iniciam uma flexibilização dos termos do projeto, principalmente diante das aposentadorias especiais e rurais, em busca de aprovação. Entretanto o deputado Rodrigo Novaes, não acredita que a reforma seja aprovada, devido a repercussão negativa e a grande mobilização popular.

“Não consegue de jeito nenhum (a reforma), os deputados não aguentam a mobilização, poderiam até ter a vontade por conta da sintonia do partido, mas há uma mobilização em todo o país e o governo federal já percebeu isso e já começou a querer negociar alguns pontos. Não vamos aceitar um “remendo” desta reforma. Essa reforma precisa zerar e discutir como se deu a gestão nos últimos anos da previdência social para se ter um diagnóstico verdadeiro e transparente, para que aí a gente possa partir do zero e discutir uma reforma, se é que ela é necessária”, finaliza Novaes.

Deixe um comentário