Desigualdade entre ricos e pobres bate recorde no Brasil, aponta IBGE

(Foto: Internet)

A diferença entre os rendimentos médio mensal obtido pelo 1% mais rico e pelos 50% mais pobres no ano de 2018 é recorde na série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve última análise divulgada nesta quarta-feira (16).

O rendimento da parcela de 1% mais rica da população atingiu, no último ano, o equivalente a 33,8 vezes o obtido pelos 50% mais pobres. No topo, o rendimento médio foi de R$ 27.744; na metade mais pobre, de R$ 820.

A faixa de 1% dos brasileiros mais ricos teve aumento real de 8,4% no rendimento médio mensal em 2018. No mesmo período, os 5% mais pobres tiveram queda nos rendimentos de 3,2%. Enquanto a média mensal dos mais ricos ficou em R$ 27 mil 744, os mais pobres ganharam R$ 153.Segundo a gerente da Pnad, Maria Lúcia Vieira, parte desses resultados é consequência da redução de empregos na indústria e na construção civil.

A analista da Coordenadoria de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, Adriana Araújo Beringuy, afirmou que também houve impacto de pessoal empregado nas áreas de informação, telecomunicação, serviços financeiros e administrativos.

“É um grupamento grande e que historicamente sempre empregou com carteira de trabalho assinada. Essa atividade perdeu bastante população ocupada e na medida em que contratava, era mais sem carteira e por conta própria. Até os setores mais formalizados começaram a absorver trabalhadores com menores rendimentos.”

Fonte: Jornal do Commercio

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