Diretor do Colégio Militar de Petrolina fala sobre caso do professor acusado de assédio a alunas da instituição

Tenente coronel Marcílio Amorim, diretor do colégio da Policia Militar de Petrolina

O  tenente coronel Marcílio Amorim, diretor do colégio da Policia Militar de Petrolina, detalhou nesta quarta-feira (21), em entrevista ao radialista Marco Aurélio, da Rádio Jornal Petrolina, programa Revista da Tarde, o caso de assédio de um professor contra duas alunas da instituição.

De acordo com o diretor, após tomar conhecimento do fato através de algumas coordenadoras do colégio, informando que uma aluna havia procurado diversos coordenadores e relatado um fato envolvendo um professor, convocou a família e ouviu a aluna na presença dos pais. Disse que o assunto vinha sendo tratado em sigilo para preservar a imagem da aluna “essa conduta tem que ser feita em qualquer caso dessa natureza”.

Em seguida, encaminhou o expediente a Vara da Infância da Juventude e ao comando do colégio em Recife, ao qual é subordinado hierarquicamente, para que fosse aberto o procedimento administrativo contra o professor. “Até mesmo por que não se pode ouvir uma parte da história sem ouvir a outra”, afirmou.

Ainda segundo o diretor, o professor era um profissional com destaque no colégio, já tendo sido homenageado, portanto o fato foi surpresa para todos

Ele relatou também, outro episódio na última seta-feira (16), envolvendo o mesmo professor, nas instalações do Colégio em sala de aula na presença dos adolescentes (alunos).

“Uma das alunas foi assediada, eu interpreto um assédio moral, mas um assédio moral contundente, e essa aluna ficou indignada, insatisfeita e comentou com outros alunos, que estava com vontade de reclamar com a coordenação da escola, quando a primeira aluna ouviu essa aluna se queixar disse que ele fez isso com ela também, aí foi quando a aluna resolveu ir na coordenação juntamente com mais três alunos, e em razão do fato anterior, que foi até mais grave do que aconteceu em sala de aula, não restou outra opção a não ser adotar diligências e eu tive que ir a procura do professor e eu mesmo fiz a condução dele para a delegacia de polícia”, afirmou.

O diretor afirmou entretanto não ter sido fácil conduzir o professor à delegacia. “Confesso a você Marco Aurélio, que eu fiz isso muito constrangido porque a gente não se sente a vontade, então um profissional no seu ambiente de trabalho, se você tem que agir, como agir, mas na qualidade de Comandante de Policial eu não poderia fazer diferente, porque já estava havendo um clamor com as coordenadoras e os país dos alunos no colégio.

Ao chegar na delegacia o professor acusado foi ouvido pelo delegado Dr. Otávio, que instaurou imediatamente inquérito por portaria, onde às partes foram ouvidas e será encaminhado para a delegacia competente para prosseguir com o inquérito.

O professor foi afastado de suas atividades até que a apuração dos fatos seja concluída.

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