Equipe de enfermagem do Hospital Dom Malan é treinada para realização do teste rápido de HIV e Sífilis

(Foto: ASCOM)

Com o objetivo de prevenir a transmissão vertical do HIV e da Sífilis, promover o cuidado ao paciente e a segurança da equipe de saúde, o Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina passará a utilizar os testes rápidos disponibilizados pelo governo federal. Antigamente, os testes eram feitos em laboratório. Agora serão realizados pela própria equipe de enfermagem, agilizando o acesso aos resultados.

Para a realização dos testes rápidos de HIV e VDRL é preciso que a equipe de enfermagem esteja treinada e os primeiros profissionais já foram capacitados na última semana. Até o final do mês, 100% dos profissionais estarão treinados e qualificados a realizar o teste rápido nas pacientes da emergência obstétrica.

“O diagnóstico antecipado da infecção pelo HIV e da sífilis durante o período gestacional seria o ideal para a redução da transmissão vertical, da mãe para o bebê. No entanto, a maioria das gestantes que dão entrada no HDM chegam sem estes resultados. Seguindo a Portaria n° 29, de 17 de dezembro de 2013, que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças, qualquer profissional pode realizar o teste rápido, desde que tenha sido capacitado. Com o teste rápido realizado na entrada da gestante na emergência obstétrica, o resultado sai em, no máximo, 30 minutos, evitando a exposição da equipe e antecipando qualquer tipo de profilaxia, tratamento ou escolha da via de parto”, esclarece a coordenadora de enfermagem, Fátima Leal.

O número de caso de sífilis em Pernambuco, por exemplo, aumentou 414% em dois anos. Em Petrolina, foram confirmados 120 casos nos nove primeiros meses deste ano. Isso sem falar do avanço do HIV/AIDS. Em 2016, foram registrados 32 novos casos.

Diagnosticar e tratar essas doenças o mais rápido possível durante a gravidez é importante para impedir a transmissão para o bebê. Com o tratamento médico, a chance do bebê contrair a doença cai para menos de 1%. Quando não há tratamento, a taxa de risco chega a 20%. As recomendações envolvem o uso de antirretrovirais, parto cesárea e a não amamentação.

Os testes rápidos não são comumente usados para fins de diagnóstico, mas podem ser bastante úteis em situações de emergência, onde há a necessidade de avaliação e decisão rápida sobre o uso de profilaxia medicamentosa, por exemplo. Isso ocorre nos casos de exposição dos profissionais de saúde ao risco ou de gestantes prestes a entrar, ou já em trabalho de parto, que não tenham sido testadas para HIV ou sífilis no pré-natal.

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