Espécie ameaçada de extinção é recolocada no Rio São Francisco

(Foto: Codevasf)

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), está tentando com que o pacamã, uma espécie nativa do rio São Francisco não desapareça das águas do velho chico. Ameaçada de extinção no Médio São Francisco, essa espécie de peixe está reaparecendo na região a partir de um trabalho de pesquisa, produção e repovoamento por meio de peixamentos.

Na última quinta-feira (26), a Companhia introduziu cerca de 57 mil alevinos de pacamã em trechos do rio nos municípios baianos de Bom Jesus da Lapa e de Xique-Xique, ambas na Bahia. A reintrodução da espécie é fruto do trabalho do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique da Codevasf.

Em Bom Jesus da Lapa, o peixamento introduziu 20 mil alevinos de pacamã no trecho do São Francisco localizado na comunidade Barrinha. Já em Xique-Xique, a soltura dos 37 mil espécimes aconteceu em um trecho do rio São Francisco tradicionalmente utilizado como local de pesca pelas comunidades de Nova Iguira, Marreca Velha, Alto Grande e Mendonça, que juntas reúnem mais de 350 pescadores.

De acordo com o técnico da Codevasf Rodrigo Bernardes, lotado no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique, a unidade iniciou o trabalho de repovoamento com o pacamã devido a ameaça de extinção da espécie, que já consta na lista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de peixes ameaçados.

“O pacamã está sendo considerada como uma espécie vulnerável. Normalmente, nós trabalhamos com as espécies migradoras, como surubim, dourado, curimba e piau. No entanto, iniciamos o trabalho também com o pacamã por causa desse risco de extinção”, revelou o técnico da Codevasf.

A tecnologia reprodutiva do pacamã também é desenvolvida por outros centros integrados da Codevasf, como o de Três Marias (MG), Bebedouro, em Petrolina (PE), Itiúba, em Porto Real do Colégio (AL) e Betume, em Neópolis (SE).

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