“Essa celeuma vai durar um pouquinho”, afirma atual presidente do João de Deus 

(Foto: Blog Waldiney Passos)

A Associação de Moradores do bairro João de Deus realizou uma nova eleição no final de semana, que terminou com a vitória da chapa Renovar, cujo presidente é Carlos Enfermeiro. No entanto, o atual presidente, Eugênio afirmou que o pleito não tem legalidade.

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“Enquanto a Justiça não se prontificar, essa celeuma vai durar um pouquinho. Eu não realizei eleições e não me sinto destituído das minhas funções”, disse em participação no programa Super Manhã dessa quarta-feira (20). Ele se baseia no artigo 5º da Constituição Federal para manter seu posicionamento. Segundo Eugênio, é vetada a proibição de eleição aberta. Para votar e ser votado, é necessário ser associado.

Eleições passadas

O atual presidente também lembrou o pleito no qual foi o vencedor, quando a comunidade deixou de acionar a Justiça para cancelar as eleições. “Naquela época a eleição foi organizada pela Federação das Associações do Município de Petrolina (FEAMUPE). “Quem realizou a eleição foi a FEAMUPE, o artigo 17º deixa claro isso. A única instituição que pode realizar eleição nessa associação em si é a FEAMUPE. Essa lei não foi eu que criei, foi a ex-presidenta”, lembrou Eugênio.

Ilegalidade

O pleito de domingo teria sido organizado por outra instituição, o que não dá validade à nova chapa. “A Justiça tem que ser acionada para ter alguma intervenção. Não é a FEAMUPE que está fazendo, quem pediu foi a própria associação. Legalmente vencido o meu prazo eu não teria como convocar uma nova eleição. Essa comissão teria que ser conduzida pela FEAMUPE. Esse processo legalmente falando é ilegal e imoral”.

Envolvimento da CUBAPE

Representante da Central Única dos Bairros (CUBAPE) e ex-presidente do bairro Vila Eulália, Pedro Caldas também participou do programa e opinou sobre o partido. Apesar de seu nome ainda constar como presidente da associação na Receita Federal, ele garante que não têm direito de convocar eleições.

“Como você sai em 2016 e dois anos após retorna ao bairro para convocar uma eleição. Isso é corriqueiro na cidade. Quando Eugênio nos procurou, orientei para ele fazer um BO, tendo em vista que foi dado sumiço ao livro de ata”, contou.

A CUBAPE tem dado suporte a Eugênio, orientando qual a melhor maneira de proceder em meio a essa polêmica. “Nós orientamos, mas eu não posso chegar e obrigar que presidente faça do jeito que eu quero. A gente presta essa assessoria”, disse Pedro Caldas.

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