Ex-deputado federal de Pernambuco é preso na manhã de hoje

charles luicena

O ex-deputado federal de Pernambuco, Charles Lucena, foi preso na manhã desta terça-feira (15) durante uma operação da Polícia Federal, que visa reprimir a atuação de uma quadrilha especializada em desviar recursos públicos dos Ministérios da Agricultura e Turismo através de de uma Organização Não Governamental (ONG) de fachada. O prejuízo estimado dos desvios é de R$ 4 milhões. Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão temporária, um mandado de prisão preventiva, além de quatro mandados de intimação para oitiva imediata. Os alvos das medidas são diretores de ONGs, ex-políticos e assessores.

Em Pernambuco, os mandados são cumpridos no Recife, em Olinda e no município de Afogados da Ingazeira, no Sertão de Pernambuco. A operação, que conta com apoio da Controladoria-Geral da União, cumpre ainda mandados no Ceará, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Paralelamente, medidas cautelares de sequestro de bens estão sendo adotadas para ressarcir recursos financeiros públicos de cerca de R$ 700 mil. Além disto, a polícia investiga o uso de “laranjas” por parte de Charles Lucena para ocultação de patrimônio ilícito.

Após três anos de investigação, a Operação Remenda reuniu provas sólidas, segundo a PF, de irregularidades no processo de contratação da ONG, bem como na execução dos convênios. O inquérito apurou que o dinheiro liberado pelos ministérios e foram apossados ilicitamente pelos diretores da ONG e por ex-assessor do ex-deputado responsável pelas emendas parlamentares dos convênios. Ainda segundo a polícia, todo o processo político foi apenas uma fraude para desviar recursos públicos da União.

Os delitos, por ora, investigados são os de formação de quadrilha, peculato ou apropriação indébita de recursos públicos, bem como lavagem de dinheiro. Caso condenados, os suspeitos podem pegar penas que variam de um a 12 anos de reclusão. A PF espera, a partir desta fase, identificar novas informações sobre outros participantes do esquema criminoso e sobre o destino total das verbas desviadas.

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