O falso médico detido na quinta-feira (10), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, identificado como Gean Santos, negou o crime e afirmou ser técnico de enfermagem. No entanto, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PE) negou que ele exerça a profissão no estado e que o número do Coren que ele apresentava nos carimbos era falso.
“Eu estava no Samu entendendo como é feito o trabalho em Caruaru, fiz a seleção simplificada e estava conversando com Pedro [coordenador do Samu] quando o pessoal do BIEsp veio falar comigo. É que Caruaru tem uma grande cultura. Quando você veste uma roupa branca, você já é médico. E eu sou técnico em enfermagem. Eu não estava usando o carimbo, porque estava com a numeração errada”, disse Gean Santos.
O suspeito foi levado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi registrado um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e, em seguida, ele foi liberado. O G1 Caruaru entrou em contato com a advogada e mestre em Direito Constitucional Eva Gomes, que explicou o porquê do suspeito ter sido liberado nesse caso.
“O crime do artigo 282, é crime de detenção de 6 meses a 2 anos. Ou seja, não é um crime tão gravoso. Outro detalhe: a pena de detenção não admite o regime inicial fechado. O que pode acontecer é junto com esse crime, ele cometer outros. Isso vai somando e agravando as penas, mas é importante analisar cada caso”, explicou.
