Governador Paulo Câmara declara que não terá condições de manter carros-pipa em 2017

(Foto: Internet)

Em meio à crise no abastecimento de água em Pernambuco, o governador Paulo Câmara admitiu em entrevista, na segunda-feira (19), que não terá mais condições de arcar com os custos de carros-pipa.

Segundo dados divulgados pela Compesa, em novembro deste ano, 1,1 milhão pernambucanos têm atendimento precário. Desse total, 300 mil são atendidos apenas por caminhão-pipa.

O Estado vem enfrentando uma das piores secas por quase seis anos consecutivos. A dura realidade vem sacrificando diversas atividades produtivas e colocando em risco a economia de municípios do Agreste e do Sertão pernambucano. Com barragens vazias, os carros-pipa deixaram de ser apoio para a população vítima da estiagem e viraram necessidade. Ao que tudo indica, em breve, o atendimento dependerá apenas do Exército brasileiro.

“Há atrasos no pagamento dos carros-pipa, não são 13 meses, mas há por dificuldades na documentação dos cadastros. Pernambuco é o único estado em que há contribuição estadual para pagamento de pipeiros. A partir de 2017, não vamos conseguir pagar do jeito que vínhamos fazendo”, declarou Paulo Câmara.

A Secretaria de Agricultura do Estado se manifestou sobre o assunto e fez um comparativo com outros estados que também utilizam esse tipo de serviço para amenizar os impactos da seca.

“Ao contrário do que ocorre em outros estados, parte do abastecimento na área rural daqui é mantida com recursos do governo estadual, apesar de a ação ser de competência do Exército, por meio de convênio com o Ministério da Integração Nacional”, informou a Secretaria.

O Exército tem sete mil caminhões-pipa contratados no Nordeste. Para se ter ideia, compara a Secretaria de Agricultura, no Ceará, o número de pipas contratados pelos militares subiu de 1.5 mil para 1.797 de 2015 para 2016, enquanto que, em Pernambuco, o Exército reduziu de 1.2 mil para 1.1 mil caminhões no mesmo período.

Com informações do FolhaPE

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