Igualdade salarial elevaria PIB em 3,3%, afirma Banco Mundial

(Foto: Internet)

A redução da desigualdade salarial entre homens e mulheres contribuiria para uma alta no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Banco Mundial. O crescimento do PIB – soma de bens e serviços – chegaria a 3,3%, o que representa R$ 382 bilhões.

O resultado foi apontado pelo estudo Mulheres, Empresas e o Direito 2018: Igualdade de Gênero e inclusão econômica, apresentado nessa segunda-feira (14), na sede da Fundação Getúlio Vargas. analisou o impacto da legislação na inclusão econômica das mulheres, foi desenvolvido para estimular reformas legislativas e adoção de políticas públicas que promovam maior igualdade de gênero.

Essa já é a quinta edição do estudo, realizado 189 países. A pesquisa é feita em sete eixos da economia: acesso às instituições, uso de propriedade, acesso ao emprego, incentivo ao trabalho, acesso aos tribunais, acesso ao crédito e proteção da mulher contra a violência.

Situação no Brasil

No Brasil, apesar dos avanços “ainda há leis que impedem a plena participação econômica das mulheres”. Entre os pontos fracos apresentados no país, estão a lei não prever licença parental, igualdade de remuneração para o trabalho masculino e feminino, trabalho dos pais em regime flexível, discriminação com base no gênero ou no estado civil no acesso ao crédito.

Quando a desigualdade de gênero inclui o ponto de vista racial, a mulher se torna “ainda mais vulnerável”, segundo o Banco Mundial. “Entendo que em todos os países do mundo, e principalmente no Brasil, a questão da raça ainda é um elemento que torna a mulher mais vulnerável. No Brasil, por exemplo, a renda média da mulher é equivalente a cerca de 75% da renda do homem para cargos equivalentes. Mas, no caso da mulher negra, essa diferença aumenta e chega a 50% do salário dos homens. Há uma necessidade importante de lidar com essa questão”, ressaltou a especialista Paula Tavares.

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