Jarbas: ‘Dar mordomia para Cunha é escárnio’

Dilma não tem contra si uma decisão judicial, mas legislativa”, diferencia Jarbas. “Cunha foi retirado do mandato pelo Supremo por absoluta falta de condições éticas e morais"/Foto:arquivo

“Dilma não tem contra si uma decisão judicial, mas legislativa”, diferencia Jarbas. “Cunha foi retirado do mandato pelo Supremo por absoluta falta de condições éticas e morais”/Foto:arquivo

O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) irritou-se ao saber que integrantes da mesa diretora da Câmara planejam conceder benesses a Eduardo Cunha mesmo depois que o STF determinou o seu afastamento do mandato e da presidência da Casa. “Dar mordomia para Eduardo Cunha a essa altura é um escárnio”, disse.

Cogita-se, por exemplo, conceder ao afastado o “direito” de continuar morando à beira do Lago Paranoá, na residência oficial da Câmara, com todas as despesas custeadas pelo contribuinte —do mordomo ao jardineiro, da lagosta ao papel higiênico.

“As pessoas não estão atentando para o que aconteceu. Cunha não foi afastado apenas por uma liminar do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato. Ele caiu por decisão unânime dos ministros da mais alta Corte do país”, disse Jarbas. “O Supremo considerou que Cunha é indigno de comandar a Câmara. Por que deveríamos lhe dar direitos que ele não tem?”

Planeja-se também pagar metade do salário do deputado enquanto durar o seu afastamento. Coisa de R$ 16.881 por mês. De resto, analisa-se a hipótese de facultar a Cunha o uso de jatos da FAB, uma prerrogativa de autoridades como ministros e presidentes dos três Poderes.

“A mesa diretoria da Câmara não pode cometer mais desatinos”, declarou Jarbas. “Não dá mais para permitir que apaniguados do Eduardo Cunha sejam pressionados para assegurar direitos a quem não tem moral para exercer o mandato”.

Para a assessoria técnica da direção da Câmara, a suspensão judicial do mandato retira de Cunha todos os direitos relacionados ao exercício de suas funções. Mas o primeiro-secretário, deputado Beto Mansur (PRB-SP), defende uma saída política. Acha que Cunha deve receber tratamento análogo ao de Dilma, que permanecerá no Alvorada e receberá metade do contracheque se for afastada pelo Senado.

“Dilma não tem contra si uma decisão judicial, mas legislativa”, diferencia Jarbas. “Cunha foi retirado do mandato pelo Supremo por absoluta falta de condições éticas e morais. A Câmara só tem três coisas a fazer: cassar o mandato do presidente afastado, eleger um presidente decente, e pedir a doutor Sérgio Moro que recolha o Cunha a Curitiba.”

Com informações do Blog do Josias

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