Kleber Mendonça Filho, diretor de ‘Aquarius’, pede desligamento da Fundaj

Kleber Mendonça Filho, diretor de 'Aquarius'/ Foto: Divulgação

Kleber Mendonça Filho, diretor de ‘Aquarius’/ Foto: Divulgação

O diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, diretor de ‘Aquarius’, ‘O Som ao Redor’ e ‘Recife Frio’, pediu desligamento da Fundação Joaquim Nabuco, após 18 anos de trabalho na coordenadoria do Cinema da Fundação. A carta com o pedido de exoneração foi encaminhada, na última quarta-feira (5), ao presidente da Fundaj, Luiz Otávio Cavalcanti.

Na carta, Kleber citou que a decisão havia sendo pensada desde 2014. No documento, o cineasta escreveu que “torna-se finalmente inviável equilibrar a função fixa e diária na instituição”. Ele ainda comentou que sempre lutou para conseguir exercer as duas atividades (cineasta e coordenador) por todo tempo que esteve à frente do Cinema da Fundação. Interinamente, que assume a função é o  jornalista, crítico e professor de cinema Luiz Joaquim.

Após enviar a carta, Kleber viajou para os Estados Unidos, onde vai apresentar ‘Aquarius’ no Festival de Cinema de Nova Iorque, que começou no último dia 30 e vai até o próximo dia 16. O Festival de Cinema de Nova York é um dos mais importantes dos Estados Unidos. Criado em 1962, é produzido pela Sociedade Cinematográfica do Lincoln Center.

Por meio de nota, a assessoria da Fundaj informou que o presidente respeitou a decisão de Kleber. “Respeito a decisão do cineasta Kleber Mendonça Filho, de entregar o cargo por considerar este um ato pessoal. O mesmo respeito com que trato a decisão de Kleber Mendonça, de permanecer no cargo durante os cinco meses da atual gestão. Agradeço ao cineasta, pelo trabalho realizado na instituição e na promoção do Cinema da Fundação e desejo sucesso nessa nova etapa profissional”.

Confira um trecho da carta enviada por Kleber Mendonça Filho:

Venho, com esta carta, pedir meu desligamento da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), onde desempenhei com enorme prazer e ao longo de 18 produtivos anos a coordenadoria de cinema da Fundação. A decisão, que vinha sendo pensada já há quase dois anos, vem num momento particular da minha carreira como cineasta, carreira esta que sempre correu paralelamente às minhas funções nesta instituição, começando com meus filmes de curta-metragem e chegando às minhas três produções em longa-metragem.

Neste ano de 2016, com novos projetos de realização em cinema no Brasil e no exterior materializando-se, vejo que equilibrar minha função fixa e diária na instituição com minhas produções torna-se finalmente inviável. Curiosamente, foi em 1992, na fundação Joaquim Nabuco, no Derby, que mostrei publicamente pela primeira vez um filme meu, na época feita em vídeo. 

Com informações de Folha de PE

Deixe um comentário