Lucas Ramos afirma que Miguel Coelho está “se fazendo de vítima”

“Não dá para a gente discutir a reeleição de Paulo Câmara e o presidente municipal da legenda estar defendendo uma candidatura de oposição”, diz Ramos. (Foto: Arquivo)

A pedido do deputado estadual Lucas Ramos (PSB), Miguel Coelho foi destituído do comando do PSB em Petrolina, na última segunda-feira (13). Em entrevista, Ramos afirmou que “O prefeito está se fazendo de vítima”.

A destituição do cargo foi entendida como “um convite” para que ele saísse do partido, segundo revelou Miguel Coelho, em entrevista ao JC. A saída de Miguel é justificada, segundo o deputado, pelos interesses do prefeito não coincidem mais com os da legenda.

“Parte do PSB de Petrolina estava constrangida por se colocar contra o governo Temer, uma orientação nacional, mas ter o presidente municipal a favor da permanência do partido na base aliada do presidente, inclusive tendo o irmão como o ministro”, argumentou o Lucas Ramos em entrevista ao JC.

Ainda de acordo com Ramos, o apoio de Miguel à privatização da Eletrobras foi outro motivo que o levou a pedir sua destituição do Diretório Municipal. “O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, irmão de Miguel, teve a iniciativa de vender uma estatal enquanto o Partido Socialista Brasileiro acredita no contrário, no fortalecimento das empresas estatais. Com base nisso, eu me senti motivado a apresentar a moção que gerou a discussão sobre o diretório municipal. Por unanimidade, todos os filiados do PSB que têm direito a voto entenderam que não havia mais condições de Miguel Coelho presidir o PSB em Petrolina”, disse.

Após ser comunicado, por telefone, que não presidia mais o diretório, Miguel comentou que entendia o gesto como um “convite” para que deixasse o partido. “Entendo que não tenho nenhum compromisso de permanecer, até porque se o principal prefeito do Sertão é destituído de sua própria cidade, em outras palavras é um convite para poder sair”, cravou, completando que não pretende permanecer em um local onde não o querem.

Sobre a fala do gestor, Ramos negou que existam pressões para que ele deixe a legenda. “Não dá para a gente discutir a reeleição de Paulo Câmara e o presidente municipal da legenda estar defendendo uma candidatura de oposição, liderada pelo pai dele. É inconcebível que o presidente municipal do nosso partido seja um dissidente. Em nenhum momento foi discutida a filiação do prefeito Miguel Coelho, não houve nenhuma manifestação para afasta-lo do PSB, então o que estamos vendo é o prefeito se fazendo de vítima para tentar justificar sua permanência na presidência do partido”.

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