“Manterei Bolsa Família e fortalecerei Lava Jato”, diz Temer em 1º discurso

Presidente em exercício pediu confiança aos brasileiros/Foto: Marcos Correia

Presidente em exercício pediu confiança aos brasileiros/Foto: Marcos Correa

O presidente interino Michel Temer (PMDB) reforçou, em seu primeiro discurso na tarde desta quinta-feira (12), no Salão Leste do Palácio do Planalto, em Brasília, que manterá programas sociais dos governos anteriores, como o Bolsa Família, e que assegurará a continuidade da Operação Lava Jato. Temer falou horas depois de ter assumido as funções da presidente afastada, Dilma Rousseff.

“Portanto, reafirmo: vamos manter os programas sociais. O Bolsa Família, Pronatec, Fies, Minha Casa Minha Vida e muitos outros deram certo e terão sua gestão aprimorada. Não temos que destruir o que foi feito pelos outros governos. Pelo contrário, devemos prestigiar aquilo que deu certo”, prometeu.

Sobre a Lava Jato, Temer disse que a operação da Polícia Federal “tornou-se referência, e daremos proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la”. O presidente interino aproveitou para dizer que respeita a presidente afastada Dilma Rousseff, com “respeito institucional”, sem querer entrar em detalhes nos motivos que a afastaram.

Ele iniciou o discurso pedindo confiança aos brasileiros. “Confiança nos valores que formam o caráter de nossa gente, na vitalidade de nossa democracia, na recuperação da economia, nos potenciais do nosso país, nas instituições sociais e políticas”.

Com o salão lotado de políticos, Temer destacou que pretende manter uma boa relação com a classe. “Queremos uma base parlamentar sólida, que nos permita conversar com a classe política e também com a sociedade. É preciso governabilidade. E governabilidade exige aprovação popular ao próprio governo. A classe política unida ao povo conduzirá ao crescimento do país. Todos os nossos esforços estarão centrados na melhoria dos processos administrativos, o que demandará maior eficácia da maquina governamental”.

O que ele considera o slogan do seu governo a expressão “Ordem e Progresso” foi relembrada. “A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual”, disse antes de acabar seu pronunciamento.

No final de seu discurso, o presidente interino diz que quer fazer um “ato religioso no Brasil”, pois a palavra religião significaria “religação”. “Vamos religar toda a sociedade com os valores fundamentais do país”, afirmou, pedindo que Deus abençoe a todos.

Economia

O discurso teve também vários recados sobre a situação econômica. Em seu pronunciamento, citou a crise que começou no governo Dilma e assegurou que as eventuais mudanças na lei trabalhista e na aposentadoria não vão afetar direitos adquiridos dos trabalhadores.

“Tenho compromisso com reformas, mas quero fazer uma observação. Nenhuma das reformas alterará os direitos adquiridos pelos cidadãos brasileiros.” Ele disse que vai respeitar a Constituição e ouvir a sociedade antes de qualquer mudança.

Com informações do Portal Uol

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