Ministro da Educação admite erro ao pedir que escolas filmassem alunos cantando Hino Nacional

(Foto: Reprodução/TV MEC)

Depois da repercussão negativa, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez reconheceu hoje (26) que errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o Hino Nacional, sem a autorização dos pais. Na segunda-feira (25) o Ministério da Educação (MEC) enviou um e-mail para as escolas do país pedindo a leitura de uma carta de Vélez orientando que as escolas executassem o Hino Nacional e filmassem as crianças durante o ato.

O pedido foi alvo de críticas de educadores e juristas. A carta é encerrada com as frases “Brasil acima de tudo” e “Deus acima de todos”, que foram o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro nas eleições. “Eu percebi o erro, tirei essa frase, tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais”, disse o ministro.

Medida voluntária

Segundo o MEC, a escola que quiser atender voluntariamente o pedido do ministro, deve filmar trechos curtos da leitura da carta e da execução do Hino, mediante autorização da pessoa filmada ou de seus pais ou responsáveis. Posteriormente tais imagens devem ser enviados ao MEC que para uso institucional.

Pernambuco

A secretaria Estadual de Educação de Pernambuco emitiu uma nota durante a manhã de hoje na qual rejeita a determinação do MEC. Segundo o texto o Governo do Estado foi “surpreendido” com a carta da União e alegou que o Ministério fere a “autonomia das escolas”.

“Informamos a todos que esta medida proposta pelo MEC não terá aplicabilidade nas escolas da rede pública estadual”, finaliza a nota da SEE, publicada antes do pedido de desculpa do ministro.

Com informações do G1

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