Moro nega pedido para se declarar impedido de atuar em processos sobre Lula

Único brasileiro na tradicional lista, Moro aparece na mesma categoria que líderes políticos internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama/ Foto: ilustração

Moro negou que tenha comparecido a eventos políticos e afirmou que “falta seriedade” aos advogados para justificar o pedido de suspeição da causa./ Foto: ilustração

O juiz federal Sérgio Moro decidiu ontem (22) que vai continuar na condução dos processos que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O juiz negou pedido da defesa de Lula para se declarar impedido para julgar as causas. Na mesma decisão, Moro disse que a opinião pública tem papel importante para prevenir “interferências indevidas” em processos que envolvem acusados poderosos.

Na petição, os advogados de Lula alegaram que Moro não poderia julgar o caso por ter escrito um artigo acadêmico em 2004, no qual se manifestou a favor da importância da opinião pública nas investigações contra políticos. Além disso, a defesa afirmou que o juiz participou de eventos políticos e que teria declarado,  em um jantar com advogados do Paraná, que Lula “seria condenado até o fim do corrente ano”.

Na decisão, Moro negou que tenha comparecido a eventos políticos e afirmou que “falta  seriedade” aos advogados para justificar o pedido de suspeição da causa. Sobre a questão da opinião pública, o juiz informou que o fato é uma mera constatação, que não gera causa de suspeição.

Um Comentário

  • ZULMA GOMES DE CARVALHO

    23 de julho de 2016 at 15:50

    O Juiz Sérgio Moro é um profissional correto, experiente, justo e acredito que jamais dará uma sentença contra quem quer seja, que não esteja com provas robustas atreladas a um processo. No caso do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, tanto existe a opinião pública, como toda uma rede de fiscais entendidos ou não de leis, a olhar por ele. E o Brasil, ainda por cima, é o país dos Recursos, que fazem um Processo levar o quanto dura a eternidade.
    O que sei é que não existe, ou pelo menos não deveria existir, ninguém acima da lei, muito embora existam pessoas que de tanto sentirem-se assim, terminem fora dela. É necessário que se acabe com isso; afinal, gostando ou não, concordando ou não, as leis são para estarmos DENTRO delas; nem ACIMA e nem FORA. Que a justiça seja feita, doa no cotovelo de quem doer.
    “Alae jacta est”!

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