MP torna ensino médio mais atraente, diz Mendonça um dia antes de relatório

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O ministro explicou ainda que haverá um prazo para que cada sistema estadual de educação possa se adaptar, com implementação gradual e liberdade para organizar sua grade curricular/ Foto: Jefferson Rudy

Um dia antes da apresentação do relatório do senador Pedro Chaves (PSC-MS) sobre a Medida Provisória (MP) 746/2016, que estabelece a reforma do ensino médio, o ministro da Educação, Mendonça Filho, defendeu as mudanças contidas na proposta em audiência pública promovida pela comissão mista encarregada de analisar a MP. O ministro disse que a reforma vai tornar a escola mais atraente para os jovens, melhorar resultados e combater a evasão escolar.

A proposta enviada pelo Executivo ao Congresso amplia de 800 para 1.400 horas a carga horária mínima anual do ensino médio; torna optativas algumas disciplinas e implementa a política de tempo integral nas escolas. A MP também torna obrigatório o ensino da língua inglesa a partir do sexto ano do ensino fundamental.

Para o ministro, o atual modelo do ensino médio “está de costas para o jovem brasileiro”, que se sente “excluído da educação”. Isso, segundo ele, justificaria a urgência e relevância da medida.

“O Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] do Ensino Médio está estagnado desde 2011. O desempenho atual em Português e Matemática é menor que em 1997. É preciso começar a mudar hoje”, disse.

Mendonça Filho apontou a flexibilização do currículo, com autonomia para o jovem escolher a área de seu maior interesse, como uma das soluções para combater a estagnação no número de matrículas e de concluintes do ensino médio.

“Não faz sentido para mim, um jovem que vai cursar Pedagogia ou Direito ter a mesma ênfase em conteúdos ou disciplinas como Física igual àquele que vai cursar Engenharia ou algo na área de exatas em um curso superior”, argumentou.

O ensino em módulos permitirá a acumulação de créditos incorporados ao currículo do aluno. O incentivo à educação técnica-profissionalizante para maior inserção no mercado de trabalho também foi defendido pelo ministro com a oferta de mais cursos pelas escolas do ensino médio.

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