MPF e Petrobras movem ação contra políticos de Pernambuco

Eduardo Campos e Fernando Bezerra são alguns dos citados

O Ministério Público Federal no Paraná e a Petrobras moveram na terça-feira (18) uma ação civil pública um pedido de responsabilização por atos de improbidade contra lideranças políticas de Pernambuco, partidos e construtoras. Entre os partidos citados na ação estão PP, MDB e PSB e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e os já falecidos Eduardo Campos (PSB) e Sérgio Guerra (PSDB).

De acordo com o Diário de Pernambuco somente em relação aos nomes do PSB o valor de reembolso exigido aos cofres públicos é cerca de R$ 1,3 bilhão. A ação identificou dois esquemas de desvios de verbas da Petrobras, o primeiro diz respeito a contratos firmados por uma das diretorias da estatal com a Construtora Queiroz Galvão, individualmente ou por meio de consórcios e o outro se refere ao pagamento irregular de recursos no âmbito da CPI da Petrobras em 2009. Cabe recurso das defesas.

Os citados

Campos e FBC teriam favorecido empresas do cartel em contratos referentes à Refinaria Abreu e Lima. Já o PSB é mencionado porque o avião utilizado pelo ex-governador na campanha presidencial de 2014 teria sido “comprado com dinheiro do suborno”.

Guerra e Fonte são mencionados por, eventualmente, terem participado do segundo esquema. O MPF alega que foram reunidas provas de que Eduardo da Fonte e Sérgio Guerra receberam propina para que a CPI da Petrobras, em 2009, não tornasse público e cessasse o esquema de pagamento de propinas arrecadadas de contratos celebrados entre a estatal e empresas privadas.

Outro lado

Segundo a defesa de Bezerra Coelho, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, em 11 de setembro, o prosseguimento de investigações contra ele. Por meio de nota, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ter recebido com surpresa a notícia. “Afirmamos que as campanhas do PSB sempre foram financiadas de acordo com as normas legais”.

O deputado federal Eduardo da Fonte também se pronunciou por meio de nota e afirmou que os fatos apontados “já foram analisados e rejeitados pela segunda turma do STF, após a apresentação de documentos que desmentem as delações”.

Com informações do Diário de Pernambuco

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