MPPE promove encontro com profissionais da Rede de Atenção Psicossocial em Petrolina

Está prevista ainda para a este ano a realização do 5º Encontro Criando Espaços na Rede de Atenção nos municípios de Garanhuns e Caruaru, no Agreste do estado./ Foto: MPPE

Está prevista ainda para a este ano a realização do 5º Encontro Criando Espaços na Rede de Atenção nos municípios de Garanhuns e Caruaru, no Agreste do estado./ Foto: MPPE

A crescente demanda por capacitações e troca de informações por parte dos profissionais que realizam atendimentos a crianças e adolescentes em saúde mental e drogadição levou o Ministério Público a promover o 5º Encontro Criando Espaços na Rede de Atenção em 14 de setembro, no município de Petrolina.

A inciativa partiu do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Infância e da Juventude (Caop Infância e Juventude) a partir dos relatos repassados pelos promotores, com as dificuldades encontradas na rotina do atendimento e encaminhamento de alguns casos envolvendo crianças e adolescentes usuárias de substâncias psicoativas.

O promotor Luiz Guilherme Lapenda, coordenador do Caop Infância e Juventude, reforça que um dos objetivos do Encontro é promover a articulação dos profissionais da Rede de Atenção em Saúde Mental. “Estamos viajando o Estado para facilitar este diálogo, que conta com a participação do Ministério Público nos municípios, para que juntos possamos criar um mecanismo que proteja estas crianças e adolescentes”, explicou o promotor, que reforçou a presença de profissionais dos municípios de Petrolina, Afrânio, Dormentes, Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Orocó e Lagoa Grande ao encontro.

A rede de saúde mental pode contar com equipamentos voltados aos atendimentos aos pacientes com transtorno mental ou em situação de drogadição, mas que por lei só podem ser instalados nos municípios de acordo com o número de habitantes. Assim, em territórios com menos de 20 mil habitantes, por exemplo, não há um Centro de Atendimento Psicossocial Infantil (CAPSi) voltado ao público infantojuvenil.

“Quando não há esses locais adequados para o atendimento específico a crianças e adolescentes, eles podem apresentar problemas mais severos e caso permaneçam sem o acompanhamento por longos períodos, podem chegar a idade adulta com um problema agravado”, esclareceu Gilberto Lúcio da Silva, psicólogo que integra a equipe do Caop.

“Para que haja um trabalho articulado é necessário que esta Rede de Atenção, formada por conselhos tutelares, Poder Judiciário, Ministério Público e prefeituras conheçam o trabalho de cada um, o que irá promover um atendimento mais qualificado e prevenir novos casos de violação de direitos”, explicou a promotora Aline Laranjeira, que apresentou um modelo de fluxograma a partir das experiências adotadas em Arcoverde e Ibimirim.

Para o coordenador do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de Lagoa Grande, José Rodrigo da Silva, o público infantojuvenil nas cidades e sobretudo na área rural é penalizado sem este atendimento dos equipamentos especializados. “Temos visto o número crescente de casos de drogadição na Zona Rural, que fica mais desassistida quando esses serviços não funcionam da melhor forma”.

Está prevista ainda para a este ano a realização do 5º Encontro Criando Espaços na Rede de Atenção nos municípios de Garanhuns e Caruaru, no Agreste do estado.

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