Na frente de 200 pessoas, Maradona era preso com cocaína há 25 anos

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A semana em Buenos Aires termina com triste lembrança: os 25 anos da prisão de Diego Maradona por porte de cocaína na tarde-noite de sexta-feira, 26 de abril de 1991, em Caballito, bairro residencial de classe média da capital portenha.

Então com 30 anos, Maradona estava no apartamento de seu cunhado com dois amigos. Surpreso e com sono, recebeu seis policiais. Confirmou: estava drogado.

Diego era marcado de muito perto desde a chegada à Argentina havia três semanas – vindo de Nápoles, suspenso por 15 meses por doping por cocaína.

Sua última aparição pública antes de ser preso foi nove dias antes. Estava na arquibancada da Bombonera para Boca Juniors 3×1 Corinthians na Libertadores.

Segundo a revista El Gráfico, Diego teve companhia de investigadora – loira, 25 anos, atraente – que infiltrou-se em sua rotina para derrubá-lo do Caballito na sexta.

A prisão virou desumano espetáculo. Rádios e TVs narravam cada ação como jogo de Copa. Até a saída da escola e chegada das filhas (2 e 4 anos) à casa da família.

Diversas versões foram divulgadas – a mais invasiva, a de Maradona estar nu na cama com um amigo. Assim Diego teria sido recebido pela polícia que buscava a quantidade nunca achada de meio quilo de cocaína. Tão chapado, caiu ao se vestir.

Um pacote com três gramas da droga foi jogado pela janela e recolhido.

Barbudo e desgrenhado, Maradona foi preso diante de 200 pessoas. Passou o sábado sem roupas limpas e comunicação e foi liberado domingo pós-US$ 20 mil dólares. Foi visitado por Batista, técnico que tomou seu lugar na Seleção em 2010.


Para a Argentina, o governo Menem preparou a detenção de Maradona e o usou para despistar o Yomagate, escândalo de lavagem de dinheiro do narcotráfico.

Maradona teve seu passaporte diplomático retirado logo a seguir. Sua prisão e o papel da imprensa segue causando reflexões – a melhor e mais completa, aqui.

Com informações de UOl

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