Nitazoxanida, encontrada no Annita, reduz carga viral de pacientes com covid-19, diz pesquisa

Neste teste, o fármaco nitazoxanida apresentou 94% de capacidade de inibir o novo coronavírus. 

O estudo clínico sobre o uso do medicamento nitazoxanida em pacientes na fase precoce da covid-19 demonstrou eficácia no tratamento da doença, reduzindo a carga viral das pessoas infectadas. O anúncio ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto, na tarde desta segunda-feira (19), com a participação do presidente Jair Bolsonaro.

A pesquisa foi iniciada pelo Laboratório Nacional de Biociências, em Campinas (SP), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM, )instituto vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O laboratório ficou responsável pelos estudos in silico (computadores) e in vitro (laboratório com células infectadas). A fase de ensaios clínicos foi responsabilidade de outros centros da Rede Virus, ligada ao MCTI.

O titular da pasta, ministro Marcos Pontes, celebrou o resultado positivo. “O que eu posso dizer é que nós temos agora um medicamento comprovado cientificamente que é capaz de reduzir a carga viral. Com essa redução da carga viral, significa que reduz o contágio nas pessoas que tomam o medicamento nos primeiros dias, reduz a capacidade de contágio e diminui a probabilidade dessa pessoa aumentarem os sintomas, ir para o hospital e falecer“, disse.

O pontapé da pesquisa foi dado com a análise de 2 mil drogas, testadas com inteligência artificial, para verificar se poderiam inibir os efeitos do vírus Sars-Cov-2, causador da covid-19 no organismo humano.

Os estudos no Laboratório Nacional de Biociências chegaram a cinco drogas, que foram para uma segunda fase, que era o teste in vitro feito com células humanas infectadas. Neste teste, o fármaco nitazoxanida, que é um vermífugo muito conhecido no país, apresentou 94% de capacidade de inibir o novo coronavírus.

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