“Novembro Azul”: exame de toque retal e PSA são fundamentais para diagnosticar o câncer de próstata e aumentar as chances de cura

Homens negros ou com casos da doença na família devem fazer os exames a partir dos 45 anos, os demais só a partir dos 50 anos (Foto: Internet)

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 68 mil casos de câncer de próstata serão diagnosticados no Brasil, neste ano. A campanha do “Novembro Azul” serve de alerta para esta que é considerada uma doença com grandes chances de cura, se o tumor for detectado em estágio inicial.

Anualmente, homens a partir dos 50 anos devem fazer o exame de próstata que abrange dois tipos distintos: o toque retal e o exame de sangue PSA (sigla oriunda do inglês Prostate Specific Antigen, ou APE, de Antígeno Prostático Específico, em português). De acordo com o Urologista, Juan Carlos López, para se chegar a um diagnóstico completo, é importante a realização dos dois exames.

“Na verdade, um exame complementa o outro, se o paciente faz apenas a dosagem do Antígeno Próstático Específico no sangue, ele tem 40% de chances de diagnóstico de um câncer de próstata; se faz o toque tem também 40%; isso significa que juntando os dois exames é possível detectar pelo menos 80% dos casos de cânceres de próstata, sabendo que 20% podem passar despercebidos, por isso é importante que esses exames sejam feitos anualmente”, afirma o especialista.

De acordo com o Urologista, o toque retal é um procedimento rápido e não causa nenhum prejuízo ao paciente, além de ser mais preciso. O paciente que sentir desconforto durante a realização do exame, provavelmente sofre de algum problema inflamatório. “O exame do toque retal é muito importante, por que ele é o único exame que o médico consegue sentir a consistência da próstata. Uma tomografia é importante, uma ressonância também é importante, mas com o toque nós conseguimos sentir a zona periférica que é o local onde ocorre a maior incidência do câncer de próstata”, explica.

Já o PSA consiste em uma glicoproteína sintetizada pela próstata, que fica na corrente sanguínea e que pode ser dosada por meio de exame de sangue. Existem dois tipos de PSA: o PSA livre, que se encontra aumentado na hiperplasia prostática benigna, e o PSA conjugado (ou PSA total), que pode encontrar-se aumentado, na corrente sanguínea, em casos de câncer de próstata.

Sobre os sintomas da doença, Doutor Juan faz uma ressalva: “Quando o paciente tem uma hiperplasia prostática benigna que não é o câncer, geralmente ele tem alguns sintomas obstrutivos, sintomas de dificuldade para urinar. Já o paciente que tem câncer, geralmente não tem sintomas, ele só vai ter sintomas quando a doença se encontra avançada”.

Ainda de acordo com Juan, os homens, assim como as mulheres, devem cuidar da saúde. “Temos que mudar essa questão de prevenção histórica, geralmente as mulheres se cuidam mais do que os homens, isso é uma coisa de muitos anos, mas na realidade os homens também têm que se cuidar”, ressaltou.

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