Ômicron: mais da metade da Europa pode ser infectada em 2 meses, afirma OMS

Em um ritmo de contágio sem precedentes, a variante ômicron poderá infectar mais da metade da Europa nas próximas seis ou oito semanas. O alerta foi lançado nesta terça-feira pelo escritório da OMS para a Europa, que teme que países com taxas de vacinação mais baixas entrem em um novo estado de colapso de seus serviços de saúde.

De acordo com a agência, a cada semana, 1% da população de cada um dos países da Europa foi contaminada pela nova variante da covid-19. Hoje, a mutação já foi identificada em 50 dos 53 países da Europa.

“Neste ritmo, mais de 50% da população da região será infectada pela ômicron nas próximas seis a oito semanas”, disse Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa. Segundo ele, a taxa de de transmissão não tem precedentes no mundo e uma “nova onda do Oeste para o Leste varre a região”.

O problema, segundo a OMS, é que a onda que começou com força nos países mais ricos da Europa, hoje ganha terreno no leste europeu, onde a taxa de vacinação é menor. Para Kluge, isso é “extremamente preocupante”, já que ficou claro que a variante, mesmo sendo mais suave, mata a uma taxa elevada entre os não vacinados.

Para ele, a vacinação vai ser fundamental na proteção das pessoas mais vulneráveis, além de trabalhadores da saúde e outros funcionários essenciais, incluindo professores.

Na Dinamarca, por exemplo, a taxa de hospitalização de pessoas que não foram vacinadas é de seis vezes aquelas imunizadas.

Mesmo com a vacina, o temor é de que os serviços de saúde voltem a ser inundados de pacientes. Para aqueles locais que ainda não foram tomados pela explosão do vírus, a OMS recomenda ampliar o uso de máscaras e acelerar a vacinação.

Diante de laboratórios inundados de pedidos de testes, a OMS ainda sugere que exames PCR sejam reservados para a população mais vulnerável, enquanto os demais devem se limitar a testes rápidos.

A OMS ainda apelou para que governos coloquem o fechamento das escolas como última opção. Segundo ele, classes terão de fechar diante da falta de profissionais. Só na França, mais de 10 mil aulas foram canceladas na semana.

Via Coluna Uol Jamil Chade

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