Pacientes com lúpus estão encontrando dificuldade para ter acompanhamento na rede pública, afirma paciente

Pacientes com lúpus estão encontrando dificuldades para acompanhamento na rede pública de saúde de Petrolina. A situação foi apresentada ao Blog por Fabiana Bezerra. As barreiras enfrentadas são reflexo da pandemia do novo coronavírus, que alterou o funcionamento da Unidade de Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) e da Secretaria Municipal de Saúde.

“O lúpus é uma doença grave onde o sistema imunológico começa atacar os próprios órgãos saudáveis do corpo, sendo necessário acompanhamento médico constante. Porém atualmente as petrolinenses com lúpus estão totalmente desamparadas. A falta de acompanhamento pode levar a falência dos órgãos e a morte dessas mulheres“, disse ao Blog.

Atendimentos com Prefeitura e UPAE

Nesta semana, depois de algumas reivindicações da Associação de Amigos e Pessoas com Lúpus do Vale do São Francisco, os pacientes começaram a receber os cuidados na rede municipal, conta Fabiana. Em nota, a Secretaria de Saúde de Petrolina confirmou tal fato.

“A Secretaria Municipal de Saúde em Petrolina informa que os pacientes com Lúpus estão sendo agendados para atendimento com o reumatologista na Policlínica Municipal. A Secretaria reforça que vem acompanhando e prestando assistência aos pacientes na cidade”, destaca a nota da Prefeitura.

Pandemia atrapalhou acolhimento

Mas a principal queixa da Associação diz respeito à UPAE, pois a unidade também contempla municípios vizinhos. E desde o ano passado não há acolhimento. Em nota, a gestão IMIP esclareceu que a pausa foi necessária, pois a UPAE é referência no tratamento a covid.

“A Unidade de Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) informa que, desde o início da pandemia da Covid-19, conforme definição da Secretaria de Saúde de Pernambuco, está reforçando a rede de combate ao novo Coronavírus. No momento, conta com 30 leitos de UTI e 20 intermediários. Portanto, os pacientes que precisam de acompanhamento ambulatorial devem procurar a rede de saúde dos seus municípios para que sejam encaminhados a um outro serviço de referência“, esclarece.

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