Pais de Beatriz Angélica cobram Judiciário após negativa do pedido de prisão preventiva a funcionário do colégio

Pergunta continua sem resposta, caso continua em sigilo (Foto: Blog Waldiney Passos)

A Justiça de Petrolina tomou uma decisão surpreendente para Lucinha Mota e Sandro Romildo, pais de Beatriz Angélica Mota. A Vara do Tribunal do Júri de Petrolina negou um pedido de prisão preventiva de um funcionário do Colégio Auxiliadora, mesmo com os indícios de que o suspeito apagou imagens do dia do crime.

Para Lucinha e Sandro, o Ministério Público Público de Pernambuco (MPPE) tem provas suficientes para no mínimo mandar prender Alisson por obstrução de justiça. O funcionário apagou imagens de câmeras específicas, responsáveis por filmar o criminoso no dia 10 de dezembro.

“Fico muito triste, fui pega de surpresa. Eu não esperava essa postura do Judiciário em indeferir essa prisão com o argumento do fator do tempo. Em outras palavras a juíza quis dizer o que: que Alisson deveria ser preso em 2016, mas como ele seria preso em 2016? Eu me recuso a pensar nisso, mas às vezes eu penso que existem forças maiores em relação ao caso de Bia, porque toda vez que o caso está perto de se concluir, existe algo para desestabilizar a força tarefa”, destaca Lucinha.

A decisão foi tomada na sexta-feira (20) e publicada na segunda-feira (23), mas de acordo com Sandro Romildo, um recurso já foi apresentado pelo Ministério Público.

“Uma pessoa só do Judiciário resolve dar uma canetada por uma questão de contemporaneidade. Se fosse feito esse pedido em 2016 ela contemplaria, mas em 2016 não tinha a prova da autoria. Já existe um recurso para refletir melhor e acatar nosso pedido“, destaca o pai da garota.

Para o casal, a ação de Alisson atrapalhou anos de investigação, fortalecendo a teoria de planejamento do homicídio. “Ele não foi apagar todas as imagens, ele foi apagar especificamente naquela data, naquele horário específico. Isso caracteriza dar fuga a um criminoso”, afirma Sandro.

A Polícia Civil realizou uma busca e apreensão na casa do funcionário, para colher materiais de informática. O caso continua sob sigilo, aos cuidados da delegada Pollyanna Neri, que está de férias. No início da semana foi noticiado que ela teria sido afastada do caso, fato negado pela Assessoria de Comunicação de Recife.

2 Comentários

  • Denise

    26 de julho de 2018 at 13:14

    Um absurdo!!! É a justiça brasileira sendo a justiça brasileira! Como podem virar o fator tempo se por culpa da própria incompetência da investigação só foi comprovado agora que ele apagou as imagens específicas do criminoso agora?
    Por incompetência da própria justiça os envolvidos não foram presos em 2016! Era pra ter sido decretada prisão preventiva todos funcionários envolvidos! Mas não foram né? Agora vão querer justificar o fator tempo? Absurdo!!!!!

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  • Helena

    26 de julho de 2018 at 15:53

    Absurdo!
    Tanta obstrução à investigação por parte dos responsáveis do Colégio Maria Auxiliadora, só deixa claro o envolvimento dos mesmos nesse crime hediondo e que procuraram ocultar a todo custo a participação deles…
    Esse Colégio devia ficar às moscas pois quem ama seus filhos NÃO deveria nem cogitar a possibilidade de matricular uma criança là nem de graça…
    Parece coisa de pacto com satanás entre toda direção do Colégio…pq é impossível um caso como esse ainda estar sem solução!

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