Pais de Beatriz questionam ausência de exame toxicológico: “deveria ter sido feito no dia mesmo”

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Um simples pedido de exumação do corpo de Beatriz Angélica Mota ganhou proporções inimagináveis para Lucinha Mota e Sandro Romilton, pais da menina morta há três anos no Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, em Petrolina.

Para colocar um ponto final no fato, os pais da garota afirmaram que a decisão veio após um convite recebido pelo casal, que desde o sepultamento não conseguiu visitar o túmulo em Juazeiro (BA). Segundo Sandro, com a chegada do Memorial SAF a Petrolina houve a proposta dos diretores homenagearem Beatriz com um espaço no cemitério.

“Beatriz foi enterrada no cemitério da nossa família, no início nós não tivemos nenhum poder de escolha. Hoje o local onde ela se encontra é um cemitério que não tem um clima muito bom, que lembra dor e tristeza, nunca tivemos condições de fazer uma lápide, nunca tivemos condições emocionais e psicológicas de ir [visitar o túmulo]”, disse o pai da menina.

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Durante o processo de exumação e translado do corpo entre o interior de Juazeiro e Petrolina, a família solicitará um exame toxicológico, algo rotineiro na autópsia, mas que não foi feito no dia do crime em 2015. A coleta deve ser feita pela Polícia Civil de Petrolina, ainda sem data prevista.

“Um exame tão simples que deveria ter sido feito no dia mesmo e não foi feito, por que nós não sabemos. Eu não consigo entender o que que passa na cabeça de um profissional num momento de um crime hediondo e não ter expertise de realizar um exame toxicológico. O quê que falta?”, questionou Lucinha.

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