Paulo Câmara recebe comissão de senadores para balanço sobre o óleo

(Foto: Heudes Regis/SEI)

O governador Paulo Câmara, ao lado do secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade José Bertotti, recebeu, nesta sexta-feira (8), a comissão especial de senadores que monitora o vazamento de óleo nas praias do Nordeste. Estiveram no Palácio do Campo das Princesas os senadores Fabiano Contarato (ES), Jean-Paul Prates (RN), Randolfe Rodrigues (AP) e Humberto Costa (PE), além de representantes da bancada na Câmara Federal, como os deputados João Campos, Carlos Veras e João Daniel (SE). No encontro, Paulo Câmara fez um balanço das ações do Governo Estadual para dar combate ao desastre ambiental provocado pelo derramamento de óleo no litoral.

“Da nossa parte, pudemos documentar, entregamos uma pasta com todos os ofícios que foram feitos pelo Estado: à Marinha, ao Ministério do Meio Ambiente, ao Ministério da Defesa e à Agência Nacional de Petróleo. E levantamos as questões que são mais importantes em nossa opinião. A primeira medida, o Governo Federal só tomou 37 dias depois, fazendo com que uma comissão fosse instaurada para identificar a fonte do vazamento. Infelizmente, até o momento não temos uma informação precisa de qual é a fonte do vazamento”, lamentou o secretário de Meio Ambiente, que seguiu falando sobre as ações do Governo Estadual.

“Temos equipes mobilizadas em todas as praias atingidas, fazendo monitoramento principalmente das áreas mais sensíveis, que são 14, bem como os estuários que foram afetados, nossos arrecifes e nossos corais. Existem equipes de mergulhadores fazendo ações para retirada do material, coleta de água, coleta de análise, para dar mais tranquilidade à população”, acrescentou José Bertotti.

Para o senador Humberto Costa, os esforços desenvolvidos pelas comunidades, prefeituras e Governo do Estado merecem destaque. “Por parte do Governo Federal, houve apenas um esforço maior da parte da Marinha. Em relação à produção de informações ou a um empenho mais efetivo por parte dos órgãos nacionais, isso foi muito pouco. Particularmente, do Ministério do Meio Ambiente. Faltam informações, faltam documentos oficiais, falta o apoio para que esse trabalho venha ser feito, e principalmente, faltam medidas que possam minimizar o drama, para além do desastre ambiental, que é a precariedade da situação econômica das comunidades que sobrevivem tanto das atividades de pesca quanto do turismo”, argumentou o parlamentar.

Humberto Costa comentou ainda as ações futuras que deverão ser empenhadas em Brasília pela comissão. “Vamos levar primeiro essa avaliação de uma subestimação por parte do Governo Federal do que aconteceu e também propostas para que haja socorro urgente e imediato aos trabalhadores e àqueles que dependem da pesca e do turismo”, disse. De acordo com o senador, é preciso garantir algum tipo de suporte emergencial, de recursos ou empréstimos para essas comunidades, especialmente os pescadores, uma vez que a quantidade de profissionais cadastrados no seguro-defeso é muito pequena. “É preciso fazer alguma coisa nesse sentido. É preciso produzir análises urgentes que comprovem a qualidade dos frutos do mar, para que a atividade econômica possa acontecer”, finalizou.

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