Pernambuco: Risco de surto de arboviroses ainda é alto

(Foto: Arthur Mota/FolhaPE)

O número de municípios pernambucanos com risco de surto de arboviroses devido à infestação de Aedes aegypti caiu 26,8% em 2017 na comparação com 2016. O 1º Levantamento de Índice Rápido do Aedes (Liraa) deste ano, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), aponta que 60 cidades estão em risco contra 82 no mesmo período do ano passado. A diminuição não significa, no entanto, segurança para a população.

“Comparando com o mesmo período de 2016 temos menos municípios em situação de risco de epidemia. Mas aqueles em risco estão com índices bastante elevados. O risco de surto é quando se tem índice de infestação acima de 3,9. Tivemos casos de cidade com Liraa 23,3”, relatou a coordenadora de arboviroses da SES, Claudenice Pontes. Isso significa que, a cada 100 casas, 23,3 apresentaram focos do vetor de zika, dengue e chikungunya.

Chama a atenção infestação em João Alfredo (23,3), São José do Egito (22,6), Sertânia (15,5), Terezinha (15,5) e Altinho (13,5). No Grande Recife, as localidades com Liraa superior a 3,9 são Camaragibe, Chã de Alegria e Abreu e Lima. A Capital está em alerta com índice 1,2 e tem um bairro com risco alto de surto – Várzea, com 6,6.

“Não estamos observando aumento de casos nessas localidades que estão com índice elevado, mas basta algumas transmissões para que haja uma epidemia sustentada. Precisamos intensificar a ação de controle nesses municípios”, alertou Claudenice.

O Estado realiza o apoio às cidades no combate, porém, prefeituras e população também precisam se empenhar na guerra contra o mosquito. “É nesse momento, principalmente, nesses municípios com aumento de risco de surto, que a população deve colaborar. Observamos que grande parte dos criadouros está em pequenos depósitos intradomiciliares.”

O Liraa ainda apontou que outras 60 cidades estão em situação de alerta, 45 tiveram avaliação satisfatória e 19 não informaram o resultado do levantamento. De 1º a 21 de janeiro último foram notificados 309 casos de arboviroses – 191 de dengue, 94 de chikungunya e 24 de zika.

Nenhuma morte suspeita foi documentada. Sobre a Síndrome Congênita do zika foram reportados 11 casos suspeitos. E 15 gestantes apresentaram sintomas de infecção por arboviroses sem confirmação da microcefalia intraútero.

Fonte FolhaPE

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