Pesquisa coordenada pela Univasf descobre nova espécie de cobra-de-duas-cabeças

O nome científico da nova espécie é Amphisbaena acangaoba.

Uma nova espécie de réptil da Caatinga, da família das anfisbenas, popularmente conhecidas como cobras-de-duas-cabeças, foi identificada e descrita por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

O nome científico da nova espécie é Amphisbaena acangaoba e ela foi descoberta na região dos municípios de Umburanas e Sento Sé, na Área de Proteção Ambiental Boqueirão da Onça, na Bahia. O trabalho sobre a descoberta da nova espécie foi publicado na edição de janeiro do periódico internacional Journal of Herpetology.

A nova espécie caracteriza-se por apresentar um conjunto de escamas no topo da cabeça, que lhe dá a aparência abobadada, aspecto pelo qual lhe foi atribuído o nome acangaoba, uma palavra na língua Tupi que se refere aos adornos usados na cabeça pelos indígenas brasileiros, um capacete, por neologismo.

Apesar de serem conhecidas como cobras-de-duas-cabeças, as anfisbenas não são cobras, não têm duas cabeças e não são venenosas. São animais de hábitos subterrâneos e a maioria é de pequeno porte, com menos de 15 centímetros de comprimento. Elas se alimentam de insetos artrópodes, como formigas, cupins, larvas de besouros e de minhocas.

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