Petrolina e Juazeiro se destacam no cenário nacional com geração de empregos

Petrolina e Juazeiro mais uma vez se destacam na geração de emprego no país. (Foto: Internet)

Petrolina e Juazeiro têm destoado do cenário de geração de emprego no Brasil. Enquanto a maioria das cidades desempregam, as duas cidades têm empregado cada vez mais.

Com 615 mil habitantes juntas, criaram 12,7 mil empregos formais, quase o mesmo número de vagas de São Paulo, cidade com 20 vezes mais habitantes, onde foram gerados 14,8 mil postos de trabalho de janeiro a outubro deste ano, segundo o Caged.

De acordo com o jornal Valor Econômico, Petrolina está entre as cinco cidades que mais gerou empregos no Brasil em 2017. Juazeiro é a sétima e Casa Nova a 18°.

O principal motivo que tem alavancado a geração de empregos na Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) Petrolina-Juazeiro, polo produtor de frutas e vinhos no vale do rio São Francisco, criado no início dos anos 2000, tem sido o agronegócio.

Ainda segundo o Valor, desde que começou a seca no semiárido, em 2014, a Codevasf liberou R$ 40 milhões para motobombas flutuantes, que permitem a captação de água do rio São Francisco em período de seca. Isso tem permitido, inclusive o crescimento das culturas de frutas tradicionais de climas temperados, como maçã, embora uvas e mangas sejam os principais produtos da região.

Guimarães afirma que boa parte da atividade econômica desses municípios também tem sido beneficiada pelo câmbio. “Nos últimos dois anos com o dólar entre R$ 3,2 e R$ 3,5 as exportações nessa região permanecem bastante atrativas. Desde 2016 dois voos semanais de carga saem de Petrolina para Europa”, relata.

Exportações

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), as exportações da baiana Juazeiro aumentaram 29% de janeiro a outubro deste ano, para US$ 57,463 milhões, ante US$ 44,581 milhões no mesmo período do ano passado. O saldo comercial, de US$ 36,850 milhões, é 8,6% maior que os US$ 33,915 milhões do mesmo período de 2016.

No caso de Petrolina, as exportações aumentaram 7,4%, de US$ 118,413 milhões para US$ 126,933 milhões de janeiro a outubro ante o ano passado, enquanto o saldo comercial subiu 32,7%, de US$ 106,248 milhões, para US$ US$ 140,974 milhões.

Miguel Coelho

Para Miguel Coelho (PSB), prefeito de Petrolina, o bom momento na geração de emprego formal na cidade é resultado de um conjunto de fatores. Ele diz que durante o período da crise, a fruticultura irrigada, que representa um terço do PIB do município (o restante se divide entre setor público e serviços), foi protegida pelas exportações, pois o câmbio se manteve atraente.

Mais especificamente neste ano, conta, há uma recuperação relativa dos empregos na construção com obras de infraestrutura urbana e, em paralelo, um esforço grande formalizar pequenos empreendedores, que estão saindo da informalidade. “Estamos fazendo um trabalho de simplificação de concessão de alvarás e de licenças ambientais e isso ajuda na formalização”, afirmou ao Valor.

De fato, dos 5.057 empregos criados em Petrolina até outubro, 4.819 foram na agropecuária e 209 na construção civil. Em Juazeiro, a indústria criou 2.159 vagas, quase tanto quanto a agricultura, 2.050. Mas a construção civil teve saldo negativo de 12 empregos.

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