PF anuncia amplo uso de equipamento para detecção de transmissões durante provas do Enem

(Foto: Internet)

Iniciadas as provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), a Polícia Federal (PF) de  Pernambuco anuncia que mobiliza parte do seu efetivo da Superintendência do Recife, das delegacias de Caruaru (Agreste) e de Salgueiro (Sertão) para promover a detenção e autuação nas ocorrências que envolvam eventuais prática de crimes.

Essa atuação vai se repetir no próximo domingo (12) em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para garantir a segurança das provas.

A novidade da operação deste ano é o uso amplo de receptor avançado de detecção de metal capaz de identificar a emissão de sinais em radiofrequência de Wi-Fi, bluetooth celulares e transmissões ilegais. Ainda segundo a PF, o aluguel dos aparelhos representa um custo total de R$ 700 mil. Fornecido pelo grupo Berkana, o equipamento chamado Andre, detecta transmissões de radiofrequência ilegais ou de interferência de uma forma mais precisa e sem necessidade de busca pessoal.

Os detectores são usados desde 2014 de forma amostral e, desta vez, estarão em todas as 13.620 coordenações de aplicação do Enem 2017. Serão 67 mil detectores de metal, número que garante vistoria dos participantes na entrada e na saída de todos os banheiros de locais de prova à razão de um detector para cada 100 participantes, que totalizam 6.731.203 nesta edição.

Entre as ações a serem implementadas, a PF destacou realização de diligências, investigações e policiamento móvel ostensivo e descaracterizado visando coibir ocorrências, especialmente, a fraude através de mecanismos eletrônicos em locais de provas; reforço nos principais pontos onde existir a maior incidência de ilícitos; e plantão de 24 horas que atuará nas prisões que tenham sido realizadas por policiais rodoviários, militares e civis.

A PF destaca que a parceira do Inep e o cruzamento de dados e investigação resultou na anulação dos resultados de 13 participantes que tentaram fraudar os exames de 2015 e 2016. O Artigo 311 – A do Código Penal estabelece pena de multa e reclusão de até seis anos para esse tipo de crime.

Segundo a PF, as ações estarão integradas aos esforços do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Justiça (MJ) e das polícias Civil e Militar de Pernambuco, em regime de força- tarefa, visando assegurar o equilíbrio na realização das provas e coibição de infrações penais.

A coordenação ocorrerá pelo Centro de Controle do Enem 2017, nas dependências da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação, em Brasília, nos mesmos moldes do centro de controle da Copa do Mundo, apoiando os centros de controle regionais.

Fonte Diário de Pernambuco

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