PF mira Consórcio Nordeste por compra de ventiladores no pico da pandemia da Covid-19

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (26), a Operação Cianose, que investiga a contratação pelo Consórcio Nordeste de uma empresa para o fornecimento de 300 ventiladores pulmonares durante o pico da pandemia da Covid-19 no Brasil.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na Bahia, Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. A PF aponta diversas irregularidades na aquisição dos ventiladores, como o pagamento antecipado do valor integral dos equipamentos, sem que houvesse garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada.

Na Bahia, um dos alvos dos mandados é Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil do governador Rui Costa (PT). O  governador também é um dos investigados, mas não é alvo de mandados na ação de hoje. Dauster disse que já prestou, de forma espontânea depoimentos na Polícia Civil e Polícia Federal.

Apesar da expectativa do consórcio, nenhum dos ventiladores chegou a ser entregue. Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de estelionato em detrimento de entidade pública, dispensa de licitação sem observância das formalidades legais e lavagem de dinheiro (art. 10, da Lei nº 9.613/98).

O nome da operação – Cianose – remete à uma condição médica que afeta o paciente que passa por problemas relacionados à má oxigenação do sangue.

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