Polícia diz que homem que planejou atentados na França é professor na UFRJ

Professor da UFRJ
Aparentemente o franco-argelino, Adlène Hicheur, é só mais um professor estrangeiro que dá aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mas uma investigação da Polícia Federal, que teve início no final do ano passado, descobriu que além de um currículo interessante, o professor participava de fórum jihadista enquanto trabalhava na Organização Europeia para Pesquisa Nuclear.
De acordo com a Revista Época, há cerca de seis anos a polícia francesa encontrou arquivos criptografados em emails enviados entre o físico e AlQaeda. A Revista Época teve acesso a cerca de 35 deles. No início as autoridades francesas pensaram que era apenas um crítico a postura do governo, o então presidente Nicolas Sarkozy, mas posteriomente, com investigações mais aprofundadas perceberam quão grave seriam as ideias do físico. Ele foi preso em 2009 acusado de planejar atentados terroristas.

Em 2012, Hicheur obteve liberdade condicional. Mesmo depois dele ter mudado algumas informações sobre ele mesmo em sites, como a wikipédia, foi barrado pela polícia Suíça, que o proibiu de entrar no País até 2018. Porém, ele conseguiu entrar no Brasil em 2013 depois de conseguir uma bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Época revelou também que entre os anos de 2013 e 2014, o físico recebeu cerca de R$ 56 mil, atualmente como professor visitante recebe mensalmente R$ 11 mil.

Para os colegas que trabalham com o físico, ele é um profissional excelente e teria feito trabalhos relevantes, tanto que conseguiu o emprego na UFRJ.

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