Policiais Militares acusados de fraudes e corrupção em Pernambuco são afastados das funções

Militares da Casa Civil do Estado foram alvos da Operação da Polícia Federal. (Foto: Luiz Pessoa)

Seis meses após a deflagração da Operação Torrentes, dois policiais militares acusados de crimes como fraudes em licitações e corrupção foram afastados das funções públicas pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Uma portaria determinou que o tenente-coronel Fábio de Alcântara Rosendo, ex-secretário-executivo da Casa Civil de Pernambuco, e Laurinaldo Félix Nascimento, ex-coordenador administrativo da mesma secretaria, vão permanecer afastados por no mínimo 120 dias.

O capitão do Corpo de Bombeiros Flávio Henrique de Andrade Figueiredo, denunciado pelo crime de peculato na mesma operação, também foi afastado das funções. Além disso, os três militares também devem entregar imediatamente as identificações funcionais de policial e as armas e utensílios funcionais que estão em posse deles.

As portarias que determinaram os afastamentos dos militares foram assinadas no início desta semana pelo secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua.

Entre as denúncias encaminhadas pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal estão indícios de irregularidades na compra de colchões para as vítimas das enchentes. em 2017. Para o procurador João Paulo Holanda de Albuquerque, responsável pela quarta denúncia da Operação Torrentes, só nessa licitação houve desvios de mais de R$ 2,6 milhões.

Os três militares afastados estão sob a mira da Corregedoria Geral da SDS. O processo administrativo está avançado e, ao final, eles podem ser expulsos da corporação.

OPERAÇÃO

A Operação Torrentes, que apurou desvios de verbas destinadas às vítimas das enchentes da Mata Sul do Estado, foi deflagrada em novembro do ano passado. Além de militares lotados na Casa Civil, empresários também foram presos temporariamente pela Polícia Federal.

Na época, investigações em parceria com a Controladoria-Geral da União apontou que as fraudes poderiam chegar a até 30% dos contratos que totalizavam R$ 450 milhões para a compra de comida, colchões, água e até lonas de proteção. Foram investigados 15 contratos, sendo 12 firmados em 2010 e três em 2017.

Fonte: JC

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