Presidente da AFEABACAP usa Tribuna Livre para esclarecer situação dos ambulantes da Abílio Dias

Presidente da AFEABACAP falou sobre retirada da ambulantes da Abílio Dias (Foto: Blog Waldiney Passos)

A retirada dos vendedores ambulantes da Rua Abílio Dias, no Centro de Petrolina chegou à Casa Plínio Amorim durante a sessão de quinta-feira (30), quando a presidente da Associação dos Feirantes e Ambulantes de Petrolina (AFEABACAP), Elane Gomes Henrique fez uso da Tribuna Livre para comentar a situação.

De acordo com Elane, ficou acordado em uma reunião com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que a Associação faria o cadastro dos ambulantes, os quais posteriormente seriam contemplados com quiosques na Rua Eraldo Gueiros. No encontro na Justiça, Aero Cruz (PSB) estava presente.

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“Eu e ele estávamos frente a frente com a promotora e foi refeita a ata. A primeira ata existiu, não foi eu que disse. O que eu queria era que vocês analisassem tudo que aconteceu para chegar até essa situação. Desde que eu assumi sempre houve entendimento com a Prefeitura, tudo é negociado com o diretor de Disciplinamento Urbano, inclusive o cadastro dos ambulantes”, disse Elane.

Ainda segundo a presidente da AFEABACAP, os trabalhadores não estavam no local de forma irregular, tendo sido autorizados por Odacy Amorim (PT), então prefeito da cidade. “Essas pessoas estão sem trabalhar, foram retirados arbitrariamente e de uma forma humilhante. Eles não estavam lá invadido, eles não estavam lá irregular, o antigo prefeito Odacy Amorim os colocou lá”, pontuou a presidente.

Líder do governo e citado por Elane, Aero discursou em seguida e explicou a celeuma. O edil reiterou que interveio na negociação por não achar correto a “associação obrigar” o cadastro dos ambulantes, para assim terem direito ao quiosque – no entanto a determinação partiu do MPPE.

“Não sou contra associação A, B ou C. A obrigação de estar com os cadastros é o município. Aqui tem Avenida Dom Vital, Praça do Bambuzinho, Avenida Fernando Góes, tem Avenida Souza Filho, Abílio Dias e Travessa Padre Fraga. Isso é feito pela Prefeitura e de graça, ninguém precisa pagar para ser ambulante no município”, ressaltou Aero.

O vereador ainda propôs a criação de uma Comissão Parlamentar, a fim de acompanhar a temática dos ambulantes de Petrolina. Ele também refutou ter ordenado a retirada, em retaliação a Elane, já que desde segunda-feira (27) eles têm protagonizado atritos na imprensa. “Tomei conhecimento da ação ontem, através do vereador Rodrigo Araújo. O que você está fazendo é querer colocar os trabalhadores numa inverdade”, pontuou.

Ambulantes afetados com retirada protestaram na sessão (Foto: Blog Waldiney Passos)

Participação do MPPE

Conforme informado ainda durante a sessão de ontem, duas atas foram assinadas na presença do MPPE. Na primeira datada de 17 de maio, o Ministério Público determinava a obrigação de o cadastro ser feito pela AFEABACAP, o que motivou a intervenção de Aero.

A falha foi retificada em reunião excepcional nessa semana, no dia 27 de maio, quando a 3ª promotora de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina, Rosane Moreira Cavalcanti corrigiu o termo “obrigados a se cadastrar” e substituiu. As duas atas foram lidas na íntegra pelos edis Cristina Costa (PT), autora do pedido da participação de Elane e Osinaldo Souza (PTB), membro da Mesa Diretora.

2 Comentários

  • Elane Gomes Henrique

    31 de maio de 2019 at 11:05

    Em momento algum a AFEABACAP quis obrigar ninguém a se cadastrar e nem tao pouco eu ou qualquer membro da diretoria disse que só receberia o quiosque quem fizesse o cadastro, e quanto a comissão pra atua no cadastramento dos ambulantes pela a associação, a AFEABACAP é i dependente e ninguém de fora da diretoria pode interferir nas suas normas e regras que sao seguidas pelo estatuto, documento que rege as atividades de toda e qualquer associação. Ta na hora de acabar com o ajeitadinho e começar respeitar as leis.

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    • Maria Akemi

      31 de maio de 2019 at 11:15

      Pelo que acompanhamos na sessão de ontem o que causou toda essa confusão foi um erro de interpretação da 1ª ata do Ministério Público. Estamos acompanhando e torcendo para uma solução rápida e positiva. O Blog está aberto e sempre ficará aberto aos esclarecimentos de todos.

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