Próximo do fim de novembro, médico urologista afirma que cuidado com a saúde do homem deve se estender pelo ano inteiro

Médico urologista comenta importância do diagnóstico precoce (Foto: Blog Waldiney Passos)

Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de próstata, que no Brasil é responsável por cerca de 15 mil mortes por ano, em cerca de 65 mil registros anuais. Um caso novo da doença é registrado a cada sete minutos, resultando em uma morta a cada 34 minutos. No Vale do São Francisco, a doença se assemelha às estatísticas nacionais.

Segundo o médico urologista Nathanael Modesto, a doença no seu início não apresenta sintomas específicos e é necessário trabalhar a prevenção. “Os principais fatores de risco a gente não consegue modificar. Ele ocorre mais comumente após 50 anos de idade, cerca de 40% são antes disso. Como a maioria dos tumores, a idade é um fator importante, a questão de genética também conta”, disse ao Blog Waldiney Passos.

Além da idade, um fator de risco é a predisposição genética – se alguém da família já teve a doença – e pessoas negras são mais propícias a desenvolverem tumores na próstata. “A mortalidade é grande porque a incidência é muito grande. Se você pega o câncer no começo, é 90% de chance de cura. Se você pega em um estágio mais avançado, diminui essa porcentagem”, ressaltou.

Mudança de cultura

Para o médico, ainda existe uma cultura de que o homem não precisa cuidar de sua saúde. Por isso há uma incidência muito grande da doença. E não há motivo para receio, pois o diagnóstico é feito através de dois exames: o de toque e o PSA, oferecidos pelo Serviço Único de Saúde (SUS). No tratamento, a região oferece a cirurgia e para controle da doença.

Outro ponto que Modesto chama atenção é a política pública, para educar os homens de Petrolina e região. “A gente fala do câncer de próstata, mas a gente precisa chamar atenção para outras causas de morte: doenças cardiovasculares e câncer de pulmão. A gente deveria educar os homens para não se expor à causas externas, a se cuidar e evitar sedentarismo”, pontua.

Por fim, o médico urologista faz um alerta: ações preventivas não devem se restringir a um único mês. “Essas informações precisam ser difundidas o máximo possível, é preciso lembrar o ano inteiro, especialmente nas regiões rurais. Além da conscientização, é o homem ter acesso ao serviço de saúde“, conclui.

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