Queiroz deixa presídio no Rio de Janeiro para cumprir prisão domiciliar

(Foto: Reprodução)

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, para cumprir prisão domiciliar, na noite desta sexta-feira (10). Ele vai para sua casa, no município de Taquara, Zona Oeste de São Paulo.

O policial militar aposentado estava preso desde o dia 18, preventivamente, no âmbito de investigação sobre a prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Queiroz é apontado pelo MP como operador do esquema.

Na última quinta-feira (9), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, atendeu ao pedido da defesa de Queiroz e concordou com sua transferência para a prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica e restrição de comunicação.

Esse benefício também foi estendido à sua esposa, Márcia Aguiar, que fugiu do mandado de prisão foi expedido contra ela. De acordo com a defesa, a esposa de Queiroz, foragida há pelo menos 20 dias, deve se apresentar no sábado (11). O Tribunal de Justiça recebeu nesta sexta o ofício enviado pelo STJ noticiando a conversão da pena de Queiroz e Márcia de preventiva em domiciliar. O cumprimento da decisão foi determinada pelo desembargador Milton Fernandes de Souza, do órgão Especial do tribunal.

Noronha afirmou, ao conceder a prisão domiciliar, que, consideradas as condições de saúde de Queiroz, o caso se enquadra em recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que sugere o não recolhimento a presídio em face da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, pelo menos 11 assessores vinculados ao filho do presidente da República repassaram, aproximadamente, R$ 2 milhões ao ex-assessor. A maior parte da quantia foi passada por meio de depósitos em espécie.

A prisão preventiva do policial militar aposentado foi autorizado pela Justiça do Rio no entendimento de que ele estaria autuando para orientar testemunhas e esconder provas e porque havia o risco de que tentasse fugir de uma eventual ordem de prisão.

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