Record divulga que delação de Palocci põe TV Globo na mira da Lava Jato

O ex-ministro Antônio Palocci entregou à Operação Lava Jato anexo relacionado a “questões fiscais” envolvendo a Rede Globo, de acordo com reportagem exibida no programa o ‘Domingo Espetacular’, da Rede Record, neste domingo, 16. Ainda segundo a emissora, o suposto acordo de delação premiada do petista estaria “prestes a ser concluído”.

Na televisão, a reportagem do ‘Domingo Espetacular’ diz que a emissora líder “quase quebrou” no início dos anos 2.000 por causa de “maus negócios”. Na época, segundo o material apresentado, o canal “montou um esquema” para adquirir os direitos de exibição da Copa do Mundo de 2002.

Sobre o assunto da transmissão do mundial de futebol realizado na Coreia do Sul e no Japão, o jornalista Luiz Carlos Azenha se baseia em documentos da Receita Federal. De acordo com o repórter, os arquivos informam que “a Globo conseguiu comprar os direitos de transmissão da Copa do Mundo sem pagar impostos no Brasil”. O jornalista opinou que isso caracteriza uma “operação fraudulenta” — que ocorreu por meio da criação de uma empresa de fachada chamada Empire. A matéria destaca, contudo, que as investigações por parte da Receita Federal só começaram em 2005 e repercutiram na imprensa oito anos depois, em 2015.

Mansão

Ainda segundo a reportagem da TV Record, documentos ligariam obra considerada ilícita dos Marinho, em referência a uma mansão de praia, em construção supostamente ilegal na região de preservação ambiental em Paraty, litoral do estado do Rio de Janeiro.

Alguns documentos inerentes ao caso dão conta de que estariam em nome de uma empresa, cuja cadeia societária evidencia que os papéis são relacionados à offshores investigadas no âmbito da Operação Lava Jato. A “grave” situação consistiria em demonstrar que o imóvel não estaria no nome dos donos de fato. O imóvel litorâneo estaria em nome da Agropecuária Veine, com Celso de Campos como sócio-administrador.

Outro fator suspeito, é que segundo dados apresentados pela Receita Federal, a Agropecuária Veine teria como endereço um apartamento residencial localizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, tendo no quadro de sócios uma outra empresa: a Vaincre LLC, que está domiciliada no exterior. A empresa respectiva teria como representante legal por procuração uma ex-funcionária do INSS, Lúcia Cortes Rosemburge, aposentada desde o período de 2008.

Os investigadores descobriram que o endereço cadastrado da empresa está incompleto desde 2005, sem informações básicas como cidade, estado e país.

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