Reforma da Previdência gera embate entre Osinaldo Souza e Cristina Costa

Edis abordaram reforma na sessão de quinta-feira (28), a última de fevereiro (Foto: Blog Waldiney Passos)

A polarização política vista na campanha de 2018 não acabou e a Câmara de Vereadores de Petrolina foi palco de um leve embate entre o vereador Osinaldo Souza (PTB), claro opositor o Partido dos Trabalhadores (PT) e Cristina Costa (PT) na sessão de quinta-feira (28) passada.

Cristina subiu à Tribuna Livre primeiro e abordou vários temas em sua fala, um deles foi a Previdência. Osinaldo, que é servidor o INSS rebateu os comentários e afirmou que a reforma proposta pelo atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) é crucial para as contas públicas.

“Todos os governos fizeram alguma reforma, inclusive o PT que prejudicou aqueles que mais precisam [de ajuda]. Mas nós temos que observar com que idade os trabalhadores do primeiro mundo estão se aposentando, por que nós vamos pegar todo dinheiro desse país e investir na Previdência?”, questionou o edil.

Segundo Osinaldo, é errado um trabalhador se aposentar com menos de 50 anos e em seguida apresentou comparativos do Brasil com países como Estados Unidos, uma das maiores potencias mundiais. “Sou a favor de uma previdência justa sim. O trabalhador que trabalha em mina se aposenta com 15 anos [de contribuição] e recebe 40 e 50 anos. Agora alguém que se aposenta com menos de 50 anos vem dizer que a reforma do Bolsonaro vem só pra massacrar o pobre e a mulher. Quem quer moleza, procure a Venezuela”, criticou o edil.

Cristina rebate comentários do colega

Após a fala de Osinaldo na Tribuna Livre, Cristina pediu uma parte à Mesa Diretora para rebater os comentários do colega de Câmara. Para a edil, que é professora da rede estadual e sindicalista. “Eu sai da Tribuna afirmando que nós [vereadores] temos que ajudar o povo de Petrolina com compromisso e respeito, não com discurso demagogo“, rebateu a vereadora.

O que diz a Constituição Federal

De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado “dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades”, princípio que garante a aposentadoria diferenciada a deficientes e trabalhadores em funções desgastantes (como mineradoras, professoras).

Para Cristina, a reforma quer atacar os direitos garantidos durante os governos, afetando principalmente trabalhadores rurais e mulheres. “A proposta apresentada pelo governo torna a aposentadoria inalcançável, para poder receber 100% da renda será necessário 40 anos de contribuição, aumentando a idade para 60 anos e quem mais sofre as penalidades somos nós mulheres, principalmente as professoras porque além de trabalhar mais de 10 anos, terão que contribuir mais 5 anos para ter acesso a 80% do benefício”, finalizou.

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