Renan Calheiros diz que aumento no Bolsa Família mata fome mas não desorganiza o país

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A aprovação ocorre em um momento em que o governo prevê um rombo de cerca R$ 170 bilhões nas contas públicas para este ano. (Foto: Internet)

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado Federal, minimizou nesta quinta-feira (30) o impacto nas contas públicas da aprovação do reajuste para o Judiciário e do Ministério Público e também do programa Bolsa Família.

“Depois da revisão do superávit e da presença do ministro do Planejamento [Dyogo Oliveira] ontem na CAE do Senado, acho que ficou público, claro e simples no sentindo de que nós podemos sim dar esse aumento [Judiciário]”, afirmou o peemedebista.

“E acho, com relação ao aumento da Bolsa Família, e eu digo isso com certa propriedade porque eu fui o relator do Bolsa Família no Senado, acho que isso do ponto de vista do impacto significa muito pouco, diante do que está aí. Porque o Bolsa Família somado com as LOAs [Lei Orçamentária Anual] não significam 1% do PIB, então não é essa despesa que vai matar a fome de algumas pessoas que vai desorganizar o Brasil”, completou.

O Senado aprovou ontem (29) um reajuste salarial de até 41,5% para os servidores do Judiciário e de 12% para analistas e técnicos do Ministério Público da União. Os textos já haviam sido aprovados pela Câmara e seguem para sanção presidencial.

O governo Temer também anunciou nesta quarta reajuste médio de 12,5% para os benefícios do programa Bolsa Família, acima dos 9% prometidos por Dilma Rousseff em maio.

O líder do PSDB, Cassio Cunha Lima (PB), também adotou o tom de Renan. “Os impactos no reajuste já estavam previstos porque são frutos de negociações que demandaram mais de um ano, Inclusive o Congresso já tinha aprovado reajuste dos funcionários do Poder Judiciário e do Ministério Público da União. Houve um veto presidencial. E uma nova proposta, fruto de negociação, foi feita ainda no ano passado”, afirmou.

Segundo ele, o reajuste do Bolsa Família “tenta proteger os mais pobres da força da inflação. Cada vez mais essas pessoas estão fragilizadas e claro que ninguém poderia se colocar contrário à proteção daqueles que mais precisam no Brasil.”

Com informações da Folha de São Paulo

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