Reorganização do ensino médio é unânime entre educadores

São isentos da taxa os estudantes concluintes do ensino médio em escolas públicas e os participantes de baixa renda/Foto:arquivo

Uma das principais alterações pretendidas é a adoção de quatro áreas de conhecimento. (Foto: Arquivo)

Os números do ensino médio são desalentadores. Menos de 10% dos alunos do país se forma com o conhecimento adequado em matemática. A proporção de estudantes que abandona essa etapa é o triplo do registrado nas séries anteriores.

É praticamente consenso que um dos principais problemas da fase final da educação básica é a organização curricular. Hoje, são ao menos 13 matérias obrigatórias, com pouca conexão entre si. A aula de química não conversa com a de geografia.

Diferentes autores têm buscado medidas para alterar o panorama (os indicadores não melhoram desde os anos 2000). Com voluntarismo, mas sem coordenação, as medidas causam confusão. Desde 2013, está no Congresso projeto de lei, proposto por comissão de deputados, que visa reorganizar essa etapa de ensino.

Uma das principais alterações pretendidas é a adoção de quatro áreas de conhecimento (linguagem, matemática, ciências da natureza e ciências humanas), em substituição às 13 matérias. O governo Michel Temer (PMDB) pretende agora apresentar novo projeto de lei.

Ainda não foi divulgada de forma oficial qual a diferença em relação à proposta que está há três anos na Câmara. Em meio a essa incerteza, o governo adiou adoção da base nacional curricular para o ensino médio.

Considerando que essa base deve indicar, mais na minúcia, o que o aluno deve aprender, parece fazer sentido esperar até que a reformulação mais ampla esteja definida no Congresso. Mas aí surgem alguns problemas. Se a reformulação emperrar na Câmara e no Senado, o país continuará sem a definição do mínimo a ser ensinado no ensino médio.

Fonte Folha de São Paulo

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