Representante dos discentes da Univasf relata problemas causados por “brigas de egos” na reitoria pro-tempore

Crise interna da Univasf ganha mais um capítulo (Foto: Blog Waldiney Passos)

A crise interna na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ganhou mais um capítulo nesse começo de ano. No dia 11 de janeiro o vice-reitor, Valdner Ramos Clementino solicitou sua exoneração e deixou o posto na reitoria pro-tempore.

O atual reitor temporário, Paulo Fagundes (indicado pelo deputado federal Pastor Eurico), foi nomeado para fazer a gestão transitória entre a gestão de Julianelli Tolentino e seu substituto, Télio Nobre, vencedor na eleição interna. Entretanto, a intervenção externa de Brasília (DF) gerou uma série de imbróglios na instituição, como explica o representante discente do Conselho Universitário, Mateus Alencar Ferreira.

“O que está havendo hoje é que o grupo deles está sendo quebrado. E por conta dessa quebra de interesses e ideologias foi que o Valdner acabou por renunciar. O grupo político está se partindo e a comunidade sofre com isso, porque os estudantes ficam nesse fogo cruzado”, disse ao programa Super Manhã com Waldiney Passos nessa segunda-feira (18).

Os problemas da gestão refletiram, inclusive, na elaboração do calendário acadêmico, que ficou a cargo dos discentes por uma suposta omissão da Univasf. “Quem fez isso fomos nós estudantes. Nós tivemos que escrever uma resolução para dizer como seria o calendário de 2021. Isso nunca ocorreu na Univasf. Não só aconteceu como os estudantes tiveram que fazer isso“, destacou. “A gestão temporária não está fazendo a transição que ela deveria fazer”, ressaltou Mateus.

Fogo cruzado

Na opinião de Mateus Ferreira, a comunidade está no meio do fogo cruzado provocado pela “briga de egos”. E ainda afirmou que a gestão da Univasf estava nas mãos de Valdner. Enquanto isso os estudantes estão sem o suporte necessário durante a pandemia.

“É como se ele não entendesse de gestão e estivesse administrando uma das maiores universidades do Brasil. Olha a dimensão disse tudo e o que estamos vivendo. O campi de Paulo Afonso está sem energia e está tendo uma briga lá”, relatou Mateus.

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