Ronaldo Silva chama Gilmar Santos de hipócrita e sugere criação de comissão para punir a postura do edil

(Foto: arquivo Blog Waldiney Passos)

No início desta legislatura  muito se pregou quanto a serenidade dos vereadores que deveria prevalecer durante as sessões da Câmara Municipal de Petrolina. No entanto, esse discurso caiu totalmente por terra na sessão remota de ontem (27), durante a votação do projeto de lei que classifica as igrejas e templos religiosos como serviço essencial no município. Provocados pelo vereador Gilmar Santos, que chegou a insinuar que os evangélicos que teriam votado no presidente Jair Bolsonaro, seriam incoerentes com o evangelho, alguns vereadores reagiram a fala do petista.

Ronaldo Silva foi um dos que não poupou severas críticas à Gilmar Santos. “Até de bandido aqui, senhor presidente, os nossos evangélicos foram tratados aqui pelo vereador, por que ele disse que os vereadores, as lideranças que votaram, os evangélicos que votaram em Bolsonaro são bandidos. Imagine o senhor a falta de respeito e de consideração que esse rapaz, esse cidadão tem com os colegas aqui da casa (…). Respeite vereador, o senhor que disse que defende a diversidade, o senhor deveria era tomar vergonha na cara e respeitar os pares!”, disse.

Aglomeração

Ainda segundo Ronaldo Silva, o colega petista blefa ao criticar aglomerações nas igrejas e cita o recente episódio ocorrido na invasão do residencial Novo Tempo 5, que gerou uma grande concentração de pessoas, reunindo cerca de 300 (trezentos) moradores, do qual participou ao lado de Gilmar Santos e Rodrigo Araújo.

“O senhor fala aqui de aglomerações nas igrejas, a tão pouco tempo o senhor estava junto comigo e o vereador Rodrigo Araújo, lá na invasão do Novo Tempo 5, com aglomeração de mais de trezentas pessoas, que invadiram as casas e vossa excelência estava lá, e aqui o senhor vem com essa hipocrisia”, alfinetou.

Cassação de mandato

Por fim, Ronaldo sugeriu a criação de uma Comissão de Ética para avaliar a postura do petista e chegou a afirmar que se fosse preciso poderiam até mesmo deliberar pela cassação do mandato do colega.

“Então senhor presidente, o senhor tem que criar imediatamente a Comissão de Ética para colocar esse cidadão no lugar dele, porque ele merece, se for preciso agente cassa o mandato desse indivíduo. Muito obrigado, desculpa aí o meu desabafo, porque não é justo agente ouvir um tipo de elemento desse falando alto dessa forma com os vereadores, os evangélicos da nossa cidade”, concluiu.

Momentos antes do encerramento da sessão, o vereador Gilmar Santos solicitou para que ficasse registrado em ata o que considerou ser  “uma ameaça ao seu mandato”.

“Eu não estou ameaçando mandato de ninguém, estou divergindo, é um direito que este vereador tem de divergir e nós não vamos nos submeter, já disse em outras ocasiões, vou repetir, a qualquer tipo de ameaça, de situação, que venha aqui querer atropelar de alguma forma a democracia. Então, nós não vamos nos submeter, o vereador pode espernear, pode  fazer o que bem quiser, nós vamos continuar defendendo a nossa posição divergindo dos senhores, respeitando os senhores”, ponderou.

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