Se não tem nada de bom pra dizer, fique em silêncio

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Astrid Fontenelle pintou o cabelo de rosa e está sendo atacada nas redes sociais por ser “velha demais pra isso”. Michel Teló e Thaís Fersoza anunciam gravidez e são zoados. Fátima Bernardes dança “tá tranquilo, tá favorável” e vira motivo de piada. Até quando a vida dos outros vai ser o nosso maior escape para os nossos próprios problemas? E o nosso nível de intromissão ao que não nos diz respeito, vai nos cegar para a nossa falta de assunto pra sempre?

Não é de hoje que a vida dos famosos ocupa um espaço grande na nossa rotina. Mas é praticamente de ontem a oportunidade que a tecnologia nos deu de opinar. E foi exatamente aí, quando percebemos que poderíamos dar pitaco sobre a vida de quem quer que fosse a um clique, que passamos a nos distanciar dos nossos próprios problemas porque temos vida dos outros para viver.

E melhor: não dependemos mais do cabelo, da gravidez ou da dança de quem está dentro da tela de uma tevê. Podemos nos ocupar com nossos pares: o vizinho, o colega, o inimigo, o concorrente, o ex. Saber de tudo o que acontece com eles (e às vezes até investigar um pouco mais para entender as suas falhas) estão na checklist do dia muito acima de cuidar da nossa saúde, da nossa aparência, do nosso espírito.

Todo mundo virou algoz e todo mundo virou refém. Ganhamos segundos de fama (mas ao invés de flashes são os likes) e corremos o risco de ser o assunto da próxima roda de conversas (e nem precisa estar na capa da TiTiTi).

Enquanto essa roda da falta de assunto gira, lemos menos livros, nos conectamos menos com nós mesmos e fizemos com que as nossas fragilidades fiquem ainda mais escondidas. Porque expô-las seria admitir que todos nós temos teto de vidro para tudo e que muitas vezes o que criticamos no outro é o que não temos coragem de fazer com nós mesmos.

Se eu pudesse fazer um lindo grafite pelas ruas do mundo, seria “se não tem nada de bom pra dizer, fique em silêncio”. Quem sabe assim reduzíssemos a poluição sonora, o lixo virtual e a nossa distância do que realmente importa. Talvez eu até ganhasse alguns likes por isso.

Astrid Fontenelle pintou o cabelo de rosa e está sendo atacada nas redes sociais por ser “velha demais pra isso”. Michel Teló e Thaís Fersoza anunciam gravidez e são zoados. Fátima Bernardes dança “tá tranquilo, tá favorável” e vira motivo de piada. Até quando a vida dos outros vai ser o nosso maior escape para os nossos próprios problemas? E o nosso nível de intromissão ao que não nos diz respeito, vai nos cegar para a nossa falta de assunto pra sempre?

Não é de hoje que a vida dos famosos ocupa um espaço grande na nossa rotina. Mas é praticamente de ontem a oportunidade que a tecnologia nos deu de opinar. E foi exatamente aí, quando percebemos que poderíamos dar pitaco sobre a vida de quem quer que fosse a um clique, que passamos a nos distanciar dos nossos próprios problemas porque temos vida dos outros para viver.

E melhor: não dependemos mais do cabelo, da gravidez ou da dança de quem está dentro da tela de uma tevê. Podemos nos ocupar com nossos pares: o vizinho, o colega, o inimigo, o concorrente, o ex. Saber de tudo o que acontece com eles (e às vezes até investigar um pouco mais para entender as suas falhas) estão na checklist do dia muito acima de cuidar da nossa saúde, da nossa aparência, do nosso espírito.

Todo mundo virou algoz e todo mundo virou refém. Ganhamos segundos de fama (mas ao invés de flashes são os likes) e corremos o risco de ser o assunto da próxima roda de conversas (e nem precisa estar na capa da TiTiTi).

Enquanto essa roda da falta de assunto gira, lemos menos livros, nos conectamos menos com nós mesmos e fizemos com que as nossas fragilidades fiquem ainda mais escondidas. Porque expô-las seria admitir que todos nós temos teto de vidro para tudo e que muitas vezes o que criticamos no outro é o que não temos coragem de fazer com nós mesmos.

Se eu pudesse fazer um lindo grafite pelas ruas do mundo, seria “se não tem nada de bom pra dizer, fique em silêncio”. Quem sabe assim reduzíssemos a poluição sonora, o lixo virtual e a nossa distância do que realmente importa. Talvez eu até ganhasse alguns likes por isso.

Marina Melz – Blog EOH

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