Seca coloca quase 1,1 mil cidades em situação de emergência no país

Rio São Francisco visto de cima em Petrolina. Quantidade de bancos de areia chamam atenção. (Foto: Lucas Passos/blog Waldiney Passos)

Rio São Francisco visto de cima em Petrolina. Quantidade de bancos de areia chamam atenção. (Foto: Lucas Passos/blog Waldiney Passos)

Ao menos 1.083 municípios do país, além do Distrito Federal, estão em situação de emergência por conta da seca ou da estiagem. Em cinco dos 15 estados afetados, o cenário atinge mais da metade dos municípios – No Rio Grande do Norte, 90% estão em emergência.

O levantamento leva em conta os municípios que decretaram emergência e, posteriormente, tiveram tal situação reconhecida pelos governos estaduais, o que garante o acesso a recursos desses entes públicos.

O Nordeste é a região mais afetada. Lá, todos os estados têm cidades em emergência. A situação, entretanto, também atinge o Centro-Oeste, o Norte e o Sudeste.

Entre as cidades afetadas pela seca estão Rio Branco, onde o Rio Acre chegou a atingir o menor nível da história em 17 de setembro; Vitória, que enfrenta racionamento desde o dia 22 – o município, entretanto, não está na lista dos que tiveram emergência reconhecida pelo governo; e Brasília, onde algumas regiões chegaram a sofrer racionamento de 23 a 25 de setembro. O governo distrital prevê aumentar o valor das contas de água em 20% caso o nível dos dois principais reservatórios caia a 25%.

Além de problemas de abastecimento, a seca tem causado prejuízos à economia. Em Mato Grosso, a produtividade da safra de milho de 2016 caiu 32% em relação à safra 2014/2015, o que resulta numa perda de R$ 32 bilhões, segundo estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuário (Imea).

No Sergipe, a perda de safra de milho atinge 80%. No Espírito Santo, a produção de café robusta caiu 40% em 2016 na comparação com o pico de 2014.

Fonte G1

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