Segundo ex-superintendente, tornar Incra de Petrolina em unidade administrativa “Foi um erro”

Nesta semana completa-se dois anos da mudança de status na unidade do INCRA em Petrolina. Em 23 de março de 2020 a cidade deixou de ter uma superintendência para tornar-se uma unidade avançada e na avaliação do ex-superintendente, Bruno Medrado, a avaliação é negativa, pois a cidade e a região deixaram de ter ações mais efetivas voltadas à reforma agrária.

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“Quando o INCRA de Petrolina deixou de ser superintendência no dia 23 de março de 2020, meio que estancou esse processo de assentamento. E tem famílias que estão sendo atendidas de uma forma precária. Não é culpa da equipe que ficou aqui, porque quando você deixa de ser superintendência e passa a ser uma unidade avançada, você perde orçamento e poder de decisão”, avaliou durante entrevista no programa Super Manhã com Waldiney Passos nesta segunda-feira (21).

Interferência política

Atualmente são 12 mil famílias em Petrolina que necessitam de apoio da instituição, já que estão em processo iniciado da reforma e não são bem atendidas. Segundo Bruno, uma jogada política em Brasília (DF) fez com que Petrolina deixasse de ser uma Superintendência, mesmo tendo bons números e terminar o ano com saldo positivos em ações.

“Seria inicialmente a Superintendência em Brasília, que tem a sede do INCRA e uma superintendência. Houve uma mudança política e aí sobrou para a superintendência de Petrolina que tem números muito bons. Como unidade era uma das menores em termos de equipe, mas era muito boa e sempre foi procurada a nível nacional”, pontuou na Rádio Jornal Petrolina.

“Erro”

Bruno lembrou que o INCRA de Petrolina atendia municípios baianos e até mesmo Serra Talhada, que é situado no Pajeú pernambucano. “Foi um erro”, admite o ex-presidente. Porém, para ele é possível voltar a ter Petrolina como superintendência, desde que haja força política a nível federal.

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